sexta-feira, 22 de outubro de 2021
O #FORABOLSONARO! É A BANDEIRA DE TODOS OS DEMOCRATAS
sábado, 16 de outubro de 2021
Não existe espaço para o antilavajatismo no palanque da 3ª Via
- não querer que a 3ª Via realmente ganhe, pois seria o mesmo que dizer que a influência de Moro e os seus milhões de votos não são necessários à vitória;
- como tática esperta para tirar votos de Bolsonaro e depois votar em Lula no 2º turno;
- como tática esperta para tirar votos de Lula e depois votar em Bolsonaro no 2º turno.
quarta-feira, 13 de outubro de 2021
Um encontro improvável
segunda-feira, 4 de outubro de 2021
Para o PT a bandeira do impeachment é mero jogo de cena
domingo, 3 de outubro de 2021
As Forças Armadas não apoiam o golpe que Bolsonaro quer dar
- 70% dos brasileiros somente querem viver em um regime democrático (*);
- 57% dos brasileiros nunca confiam nas declarações do presidente (**);
sábado, 2 de outubro de 2021
Um primeiro balanço sobre as manifestações antibolsonaro de 2/10/21
- Estivéssemos lutando contra a ditadura, como nos unimos em 1984 na campanha das “diretas já”, que simbolizava a luta pela liberdade de eleger o presidente da república pelo voto direto;
- Se estivéssemos lutando contra o risco iminente de um golpe de estado;
- Se existisse a bandeira democrática político-moralizadora do impeachment, como foram os de Collor e de Dilma.
REFLEXÕES SOBRE A MELHOR ESTRATÉGIA PARA ENFRENTAR O PROJETO AUTORITÁRIO DE BOLSONARO
Hoje, dia 2/10/21, estão convocadas manifestações em defesa da democracia e para projetar um futuro sem Bolsonaro.
Comíssio da Sé, em 1984, na Campanha das “Diretas Já”
Naturalmente, o conceito de Frente Única Antifascista somente se aplicaria em duas circunstâncias:
- Se estivéssemos, já, enfrentando um regime ditatorial fascista;
- Se estivéssemos certos de que Bolsonaro não apenas quer governar ditatorialmente, mas de que disponha de força político-militar para estabelecer este regime. Ou seja, de que ele só não dará o golpe se não quiser.
Nenhuma das condições acima retrata a realidade em que vivemos. Sobretudo, no 7/09, ficou demonstrado que o capitão blefava não apenas com os democratas, para ameaça-los e amedronta-los com um golpe; mas blefou, também, com os seus radicais, para mantê-los coesos, e que foram às ruas para apoiá-lo no golpe que ele disse que daria, mas que revelou não ter apoio político-militar (*) para dar. Por isso não houve o golpe, e por isso ele não o dará.
Caminhamos para as eleições de 2022, com previsíveis radicalizações, mas dentro da normalidade democrática. E, provavelmente, não haverá o impeachment porque nem ao PT nem ao “Centrão” interessa ou desejam que ele ocorra.
Exatamente, por esta razão, os palanques que foram montados para o dia 2/10 não serão unitários; ou seja, neles não estarão todas as forças políticas democráticas, mas apenas um conjunto político menor das forças democráticas de oposição a Bolsonaro.
Para exemplificar: para estes palanques Moro não foi convidado; e setores importantes da oposição democrática de direita não estarão representados. Portanto, eles não representarão uma frente única antifascista.
É necessário que isto fique claro. As manifestações existirão, mas correrão o risco de serem transformadas em palanque para a candidatura de Lula.
Se o PT continuar com a sua postura hegemonista, e não compreender o momento histórico, a tendência é a de que, não estando em risco a democracia, doravante, surjam múltiplos palanques fracionados em múltiplas frentes. O futuro até as eleições de 2022 o dirá.
Pessoalmente, eu lá estarei em mais esta manifestação, aliás como sempre, portando a bandeira verde e amarela, porque quero afirmá-la como as cores dos democratas não lulopetistas que defendem uma 3ª Via, pela qual luto e tentarei tornar vitoriosa.
Defendo que devamos trabalhar com um conceito de Frente Ampla Democrática, para ampliá-la e fortalecê-la ao máximo, que provavelmente se desdobrará em múltiplos palanques, sendo quase inevitável que o PT, por seus precedentes sobejamente conhecidos, demonstre inconsistência em seus compromissos democráticos.
Para o bem do Brasil, não podemos perder um sentido de perspectiva e necessidade histórica, que exige derrotar, em 2022, simultaneamente, o bolsonarismo e o lulopetismo.
______
(*) A questão militar tem sido objeto de análise por todos os que se debruçam em refletir sobre os inequívocos intentos golpistas de Bolsonaro desde o início de seu governo. Refere-se ao Exército como o “seu Exército”, e já trocou os comandantes das Forças Armadas para que estivessem mais alinhados com os seus objetivos, e que fossem mais da sua confiança.
Com isso, teria conseguido conformá-los ao seu objetivo de que as FA o apoiem para governar ditatorialmente, e estabelecer um regime totalitário? Teria conseguido pactuar com elas o “fechamento do STF e do Congresso Nacional” para, com novas regras institucionais, posteriormente, governar de acordo com os seus objetivos ditatoriais?
Tenho defendido que não, que não é provável que as FA seguirão os seus intentos totalitários. E não teriam como seguir esse capitão tresloucado, pois Bolsonaro não constitui nenhum padrão de moralidade, nem em sua vida pregressa, antes de ser eleito presidente, nem nas práticas corruptas e irresponsáveis que vem adotando em seu governo, como agora reveladas ao detalhe pela CPI da pandemia.
É verdade que “certos” ministros do STF quase que se empenham em liderar uma vergonhosa ofensiva para desacreditar a Suprema Corte, em particular com as recentes decisões que levaram à anulação das condenações de Lula e à declaração de “suspeição” de Moro. E é verdade que a Câmara dos Deputados atingiu o seu mais baixo nível de fisiologismo e irresponsabilidade, particularmente depois que Bolsonaro entregou ao “Centrão” o controle do Orçamento Federal, e a Artur Lira, o seu presidente, a tarefa de liquidar com todos os avanços na legislação para o combate à corrupção. Tudo para escapar do impeachment, depois de já ter cometido uma gama imensa de graves crimes de responsabilidade.
Não faltam, portanto, entre os democratas, razões de sobra para não estarem satisfeitos com o STF e com o Congresso. E, nas Forças Armadas, esses mesmos sentimentos e análises grassam generalizadamente, como no seio da própria população. Mas sabem que o STF e o Congresso Nacional, com todos os seus graves defeitos são instituições da democracia republicana e do Estado Democrático de Direito, e que, elas mesmas, são instituições do Estado e não braço armado de um projeto ditatorial para reprimir, ameaçar e atemorizar o povo.
Retrospectivamente, trago, abaixo, os diferentes artigos em que trato a questão militar para manifestar o meu ponto de vista de que as Forças Armadas não apoiarão um golpe militar, muito menos qualquer tentativa de restringir as liberdades políticas democráticas:
- Dia 10/09/21, “O golpe abortado e derrotado”;
- Dia 9/09/21, “Bolsonaro ‘botou o galho dentro’”;
- Dia 7/09/21, “As Forças Armadas disseram não ao golpe!”;
- Dia 30/08/21, “Fuzil, ditadura e morte, ou feijão, democracia e paz?“;
- Dia 30/08/21, “ O governo, a população e as Forças Armadas”;
- Dia 16/08/21, “A ditadura do capitão tresloucado”
- Dia 15/08/21, “O que os militares querem?“;
- Dia 8/07/21, “A tentação autoritária”
- Dia 3/04/21, “Por que foi possível ao capitão cloroquina dar credibilidade à narrativa fake do golpe militar?
- Dia 27/03/21, “Três hipóteses para analisar as perspectivas políticas“;
- Dia 18/05/20, “Com quem ficarão os militares? Com a democracia ou com a barbárie?“
sexta-feira, 1 de outubro de 2021
“Decisões Interativas”: um blog para a defesa da democracia
O “Decisões Interativas” é um blog para a defesa da democracia, que tem como objetivo pensar em saídas para a crise brasileira.
A sua primeira postagem data de 22/10/2014, com a reprodução do artigo “Teriam as universidades federais candidato a presidente?”, de minha autoria, publicado no jornal Correio Braziliense. Ele foi escrito na conjuntura das eleições de 2014, quando eu exercia a função de Decano de Planejamento e Orçamento da Universidade de Brasilia no mandato de reitor do professor Ivan Camargo.
“Cocalzinho” de Marques de Sá, 91
Define-se como “…um blog para democratas, cidadãos que repudiam todo tipo de ditaduras, sejam elas de direita ou de esquerda, e que somente queiram viver em um Estado Democrático de Direito.”
Neste período, sem ter como projeto ser um blog concorrente com as mídias jornalísticas, tornou-se um repositório relevante de crônicas e de artigos, pessoais e de terceiros, para acompanhar os principais acontecimentos da política nacional. Em certos momentos “mais quentes” as suas postagens chegaram a ser quase diárias.
Com satisfação verifiquei, p.ex., por suas estatísticas, que, no dia 1/10/21, no período de 24h, os seus artigos foram consultados 1.110 vezes até às 10:30h. Nem sempre ocorre esta frequência alta; às vezes ela é até baixa, e depende sempre, o seu aumento, de novas postagens. O mais relevante é que a sua última postagem fora responsável, neste dia, apenas por 47 visualizações deste total de 1.110 consultas, mostrando que os que acorreram ao blog nesta data manifestaram interesse por uma gama mais ampla de artigos, alguns bem mais antigos.
Só me resta desejar que este interesse seja por parte de verdadeiros democratas, pois o negacionismo e o obscurantismo não encontram guarida no conteúdo de suas postagens! Gratifica-me, imensamente, verificar o crescente interesse pelo seu conteúdo, embora, até este momento, não tenham sido usados quaisquer dos mecanismos disponíveis e legítimos para o impulsionamento do seu conteúdo.
Ah…, sim, nele, pela orientação adotada até hoje, não são colocados quaisquer outros produtos à venda, a não ser o sonho da democracia. Mas não quero que você se surpreenda, neste sonho de democracia não existe espaço para a espera de “salvadores”, de populistas, mitos, personalistas, etc.. O blog é uma ode ao espírito da ciência!
E não espere falta de posicionamento: acredito que o combate à corrupção tem um caráter democrático e civilizatório. Em poucas palavras, eu quero acabar com a impunidade dos poderosos e fazer valer o espírito do Art. 5º da Constituição, de que não podem existir brasileiros acima da lei. Difícil, não é? Mas eu não desisto!
Carlos Alberto Torres