domingo, 29 de dezembro de 2019
A qualidade secreta de Moro: a paciência
sexta-feira, 27 de dezembro de 2019
Qual é a missão histórica de Moro?
Traição a quem? Aos seus eleitores, que, por sua vez, continuam apoiando a Moro. Surpreendem-se - e indignam-se - com as repetitivas ações do presidente, divergentes das posições de Moro, que fragilizam a luta contra a impunidade.
segunda-feira, 18 de novembro de 2019
A segunda instância e a presunção de inocência
O Estado de S.Paulo, 18 de novembro de 2019 | 03h00
sexta-feira, 1 de novembro de 2019
Por que Bolsonaro não dará o golpe?
quinta-feira, 31 de outubro de 2019
Ditadura nunca mais!
sexta-feira, 11 de outubro de 2019
Íntegra da delação do Palocci
sexta-feira, 4 de outubro de 2019
A ofensiva dos "garantivistas"
“Em outras partes do mundo, garantismo significa direito de defesa, devido processo legal, julgamento justo e, em alguns lugares - mas não todos -, direito a recurso para o segundo grau de jurisdição.” (1)
(1) do prefácio do Livro “CRIME.GOV - Quando Corrupção e Governo se Misturam”, cujos autores são os delegados da Polícia Federal Jorge Pontes e Marcio Anselmo. Editora Objetiva, 2019, Rio de Janeiro, RJ.
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
Em defesa da democracia e da Lava-Jato.
“O enfrentamento à corrupção não precisa de punitivismo ou de vingadores mascarados. Nem Robespierre nem Savonarola. Basta aplicar a lei com seriedade, sem o compadrio tradicional da formação nacional, que acredita que alguns estão fora e acima da lei. Mas é preciso derrotar os parceiros dissimulados da corrupção, que se ocultam por trás de um estranho fenômeno: o garantismo à brasileira. Em outras partes do mundo, garantismo significa direito de defesa, devido processo legal, julgamento justo e, em alguns lugares - mas não todos -, direito a recurso para o segundo grau de jurisdição.
Entre nós, todavia, há os que sustentam uma versão distorcida de garantismo, significando direito garantido à impunidade, com um processo penal que não funcione, não termine e que jamais alcance qualquer pessoa que ganhe mais do que alguns salários mínimos. Os garantistas tupiniquins prendem, sem piedade, jovens pobres e primários com qualquer quantidade de drogas, mas liberam, com discursos libertários e tonitruantes, corruptos que sequer devolveram o dinheiro desviado e mantêm suas contas clandestinas no exterior.”
terça-feira, 24 de setembro de 2019
Íntegra do discurso de Bolsonaro na ONU.
Todos terão tempo suficiente para analisá-lo e estudá-lo. Por ser o discurso do Presidente do Brasil, que foi eleito democraticamente, ele se constitui em uma peça política importante, por isso está aqui reproduzido na íntegra para estudo detido e fácil referência.
terça-feira, 17 de setembro de 2019
Bolsonaro: o novo líder da “santa aliança” contra a Lava-Jato
Todos os democratas precisam saber que a Lava-Jato recuperou 11,9 bilhões (*), e precisam ter esses números na cabeça.
Mas existe uma “rapaziadinha” que gosta de pousar de democrata sem sê-lo. Inicialmente, eram apenas uma “santa aliança” tácita, suprapartidária e supra-ideológica dos que temiam a Lava-Jato. Agora, estão organizados e articulados para combatê-la. O seu no líder é Bolsonaro.
Não querem muito, apenas a cabeça do Moro e acabar com a Lava-Jato. Os partidos que dela participam são principalmente o PT e os do “Centrão”, mas os seus tentáculos e metástases estão estão em toda parte, no executivo, legislativo e judiciário.
A “santa aliança”, neste momento, atingiu o seu máximo poder e possui os seus intelectuais orgânicos. A entrada em cena da Intercept demonstra a audácia de sua ação visando desmoralizar a Lava-Jato e anular processos.
Jamais os seus articuladores ocuparam posições tão destacadas nos três poderes da república. Não é difícil saber quem são: no executivo, Jair Bolsonaro; no judiciário, Dias Toffoli; no legislativo, Rodrigo Maia. Surpreendidos? Claro que não!
Mas a luta contra a impunidade tem um caráter democrático, e a maioria dos brasileiros compreendeu que o Brasil, para ser mais desenvolvido e justo, não pode mais conviver com a roubalheira e com o assalto ao Estado! Isto muda todo o jogo. Eles serão derrotados!
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(*) Números atualizados: Os bilhões recuperados pela Lava-Jato
segunda-feira, 16 de setembro de 2019
A resistência de Moro à traição de Bolsonaro
Diante de todas as decisões e dubiedades de Bolsonaro, que fragilizam a Lava-Jato e atentam contra a sua própria continuidade, alguns amigos que sempre apoiaram a Moro se fazem o questionamento, absolutamente necessário e legítimo, sobre o que Moro ainda está fazendo neste governo.
Faço parte de um imenso time de democratas que cultiva a análise lógica das informações disponíveis nas redes sociais. Este time não possui informações privilegiadas nem está no governo; tampouco é prisioneiro de antolhos partidários; mas possui o privilégio de se apoiar em um grande número de amigos informados; muitos são cientistas sociais e jornalistas extraordinários, que se debruçam com responsabilidade sobre os fatos, libertos que são de polarizações irracionais e meramente ideológicas.
Ao julgar Moro não podemos deixar de partir de fatos objetivos, concretos e comprovados para demonstrar o seu compromisso com o aperfeiçoamento do aparato jurídico para combater a corrupção e o crime organizado. Seria absolutamente desnecessário listar os seus feitos no combate à corrupção. Moro compreende, como poucos, o caráter democrático de acabar com a impunidade dos crimes de colarinho branco para superar a nossa crise moral, ética, política, social e econômica.
Cometeu o erro de deixar a carreira de juiz porque Bolsonaro lhe prometeu o apoio para prosseguir, em melhores condições, na sua missão de aperfeiçoamento institucional. Já não tem como voltar atrás e só lhe resta seguir em frente. Os que propõem, agora, que ele se afaste do governo é porque, basicamente, ou acham que ele empresta um prestígio indevido a um governo autoritário, ou porque temem por sua desmoralização, ou, até, porque, “mui amigos”, temem que, ao final, ele seja bem sucedido em seus objetivos. Esta última hipótese deixa de cabelo em pé aos que, desde sempre, temeram e combateram a sua ação.
Visto dessa forma, resta o que me parece ser um fato, que em termos de compreensão é novo, de que Bolsonaro não tem qualquer compromisso com o objetivo de aperfeiçoamento das instituições jurídicas para o combate ao crime; e de que passou a formar, junto com todos os que temem a Lava-Jato - onde o Toffoli e o Maia ocupam um lugar de honra -, a “santa aliança” dos que a combatem.
Este é o fato inesperado, o estelionato eleitoral de Bolsonaro, que trai aos seus eleitores, que nele votaram para impedir que o PT voltasse ao governo, e por acreditarem que daria continuidade à Lava-Jato. Se essa é a realidade, penso que o mais provável é que Moro colocou-se em uma posição de resistência! Portanto, sua melhor resposta é não pedir demissão, pois, enquanto o prestígio de Bolsonaro cai, até por sua traição, o dele apenas sobe, mesmo depois dos ataques da “Intercept”.
Em síntese, Moro somente sairá se Bolsonaro o mandar embora, ou se, equivalentemente, lhe retirar os meios de prosseguir na missão a que se propôs! E é o que eu espero que ele faça! Que resista! Se isso acontecer ele demonstrará caráter e compromisso com sua missão e estará preparado para prosseguir a sua luta em outros patamares.
Quanto ao resto, “...os cães ladram e a caravana passa!”.
segunda-feira, 29 de julho de 2019
O Futuro de nossa Democracia - Parte I
- repudiam todo tipo de ditaduras, sejam elas de direita ou de esquerda;
- somente querem viver em um Estado Democrático de Direito.
- São os “bolsonaristas de raiz” por serem seguidores de Bolsonaro, e se situam na extrema-direita do espectro político.
- Caracterizam-se, de forma quase religiosa, como um conjunto de eleitores bastante afeitos à espera de um salvador mítico todo poderoso, capaz de impor até pela força, se julgarem necessário, as medidas necessárias para propagar os seus valores, que consideram sagrados, e capazes de lhes garantir a segurança física e econômica.
- Apoiam projetos conduzidos por um líder populista autoritário e aceitariam viver em uma ditadura, como propõem os “intervencionistas” saudosos da ditadura militar; não têm apreço pela democracia e pelos direitos humanos, que julgam ser conversa fiada de político demagogo, e não têm nenhum compromisso com o Estado Democrático de Direito.
- Parece que olham a história pelo retrovisor. Namoram, talvez sem o saberem, com as ideias do fascismo e são assombrados pelo fantasma do comunismo, como se vivêssemos ainda no século passado e nos tempos da guerra fria.
- São conservadores nos costumes, recusam as causas identitárias e são homofóbicos; e reprimem, quando é o caso, a própria homoafetividade ou a de seus familiares, preferindo enfiá-las para dentro do armário.
- Muitos têm como guru o astrólogo Olavo de Carvalho, que é o “líder” ideológico proclamado do clã Bolsonaro.
- Alguns acham que o aquecimento global não existe, e que a luta dos ecologistas pela preservação do meio ambiente é coisa de ONG’s esquerdistas; muitos são “criacionistas”, repudiando a teoria da evolução, e outros são “terraplanistas”.
- Vivem na sua “bolha” como que em um outro mundo, e olham com desconfiança o conhecimento científico e acadêmico[ii], sem os quais não pode haver qualquer progresso.