segunda-feira, 20 de novembro de 2023
Usos e abusos da bandeira de Israel
segunda-feira, 6 de novembro de 2023
Não se trata de pessimismo. Trata-se de lógica!
Quem apoia o massacre de palestinos?
sexta-feira, 3 de novembro de 2023
Massacres e Genocídios
quinta-feira, 2 de novembro de 2023
A ironia de tornar-se o que você uma vez odiou
quarta-feira, 1 de novembro de 2023
O que Israel conseguirá com a sua violência em Gaza?
sexta-feira, 20 de outubro de 2023
Netanyahu, o líder de extrema-direita
quinta-feira, 19 de outubro de 2023
SER JUDEU NO BRASIL
Por Peter Pál Pelbart *
terça-feira, 6 de junho de 2023
Sobre narrativas, fatos, mentiras e realidade
O amigo facebookiano Elson Rezende de Mello (*) coloca a seguinte questão: - “Narrativa é mentira?”.
Esta, sem dúvida, é uma questão relevante, pois o uso da palavra “narrativa” ganhou nos dias de hoje um significado voluntarista, que a coloca quase como sinônimo de explicação mentirosa ou fake conveniente, ao bel prazer dos que as constroem, para manipular ou influenciar a outrem, ou mesmo a um país inteiro.
Mas a expressão narrativa merece mais respeito, ou, no mínimo, precisamos restaurá-lo!
Minha resposta:
Narrativas não são mentiras! Não, em princípio.
Todas as melhores ou piores obras literárias são narrativas. Embora influenciem aos leitores, às vezes muito; são obras de arte e, mesmo que ficcionais ou fantasiosas, não são mentiras construídas com a intenção deliberada de enganar.
Os melhores (e os piores) livros de História, enquanto ciência, são narrativas.
Toda pesquisa científica começa com uma “narrativa”, uma teoria ou hipótese. Estas são abandonadas se os testes empíricos e de validação científica ou experimental não a confirmarem. A estatística e a análise de dados se converteram em poderosos auxiliares nesta tarefa. Os bancos de dados são imensos e os algoritmos e a Inteligência Artificial hoje são poderosos instrumentos da pesquisa científica.
Nos doutorados, entretanto, se revelam os picaretas. Existe uma multidão de teses de doutorado em que os dados são “marretados” para comprovar as teses mais esdrúxulas. São teses fraudadas.
Na verdade, como o mundo da imaginação criativa, da explicação racional e da lógica é poderoso, os verdadeiros cientistas são os que vivem em paz com os dados empíricos e com os fatos.
Alguns entram em crise, se desesperam e, mesmo, se revoltam, quando não conseguem comprovar as teses de sua imaginação com os dados empíricos.
Se picaretas, desonestos ou mentirosos, fraudam suas teses. Se existem muitos desses “doutores” por aí, entretanto, logo depois da titulação enfiam suas teses no fundo das gavetas porque não servem para nada.
Esse é o campo da epistemologia, que trata da forma de se adquirir conhecimento, que confronta as narrativas da imaginação racional com os dados empíricos e com os fatos reais.
Ora, e as narrativas fake? Essas sim, são narrativas intencionalmente mentirosas! Infelizmente entraram na moda. Creio que combatê-las é indispensável! É mesmo uma questão de saúde pública e mental, não apenas política, seja no plano individual como social.
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(*) Jornalista, artista, desenhista, chargista e cartunista; aposentado da Universidade Federal de Viçosa, MG.
segunda-feira, 24 de abril de 2023
Somente a multipolaridade poderá construir um mundo de paz!
terça-feira, 18 de abril de 2023
COMBATENDO A MENTE BIPOLAR DO LULA
segunda-feira, 17 de abril de 2023
O mundo bipolar do Lula
segunda-feira, 13 de março de 2023
Harari, um militante pela democracia
O discurso militante PELA DEMOCRACIA de Harari, o historiador israelense autor do livro “Sapiens - Uma breve história da humanidade” (*), contra o golpe que Benjamin Netanyahu ESTÁ TENTANDO DAR EM ISRAEL NESTE MOMENTO. Suas palavras de resistência expressam os pensamentos que tornam a democracia um valor universal; portanto, que devem ser defendidos por todos nós.
Tradução do discurso do professor Yuval Noah Harari durante a grande manifestação no sábado, 4 de março de 2023, em Tel Aviv (trazido de Marcelo Halberg).
“Queridos amigos, estamos no centro de uma tempestade histórica, esta tempestade não desperta em nós nem raiva nem ódio, mas desperta medo. Estamos ansiosos, não dormimos à noite, simplesmente temos medo. E isso é completamente normal!
Há momentos na história em que o medo reflete uma realidade verdadeira, há momentos na história em que o medo é uma emoção útil porque nos leva à ação! Hoje, temos um excelente motivo para ter medo e um excelente motivo para agir.
O que este governo está fazendo não é uma reforma - é um golpe! É exatamente assim que um golpe se parece!
Golpes não necessariamente se materializam com tanques nas ruas. Muitos golpes na história foram feitos às escondidas, com canetas e papel, e quando as pessoas entenderam o significado dos textos ali consignados, já era tarde demais para resistir.
A história está repleta de ditaduras criadas por quem chegou legitimamente ao poder.
O significado do pacote de leis que o governo está tentando aprovar é simples - a partir de agora, o governo poderá abolir totalmente nossas liberdades!
- 61 membros do Knesset poderão aprovar qualquer lei racista, opressiva e sinistra que possam imaginar.
- 61 membros do Knesset também poderão modificar o sistema eleitoral como quiserem e, portanto, não poderemos mais removê-los do poder!
Quando se pergunta aos líderes que apoiam este golpe: “O que, apesar de tudo, constituirá um freio para o governo com este novo regime, e o que protegerá os direitos humanos? a única resposta que eles dão é: "Confie em nós".
Com todo o respeito - não confiamos em você! Você está derrubando a convenção que manteve nossa sociedade unida por 75 anos e espera que ainda confiemos em você?!
Netanyahu, Levin, Rothman, não confiamos em você, porque sabemos o que você quer - você quer poder ilimitado! Você quer nos impor silêncio e nos dizer como viver! Você quer nos dizer o que comer, o que vestir, o que pensar e quem amar.
Mas você não entende com quem está lidando. Os israelenses não são madeira para serem escravizados! Nós, israelenses, somos teimosos, somos livres e ninguém jamais conseguiu nos silenciar! Não permitiremos que você transforme Israel em uma ditadura!!
Então, o que vai acontecer nas próximas semanas? Eles continuarão a tentar aprovar leis tirânicas. Eles também continuarão a nos chamar de anarquistas e traidores, e irão explorar ou mesmo instigar um evento escandaloso para suprimir protestos. De nossa parte, continuaremos a demonstrar e faremos com que os ministros do Supremo Tribunal tenham o apoio do povo e sejam animados pela vontade de invalidar as leis da tirania.
E o que acontecerá se o governo não aceitar a decisão do Supremo Tribunal? Entraremos então no que se chama de “crise constitucional”.
Uma crise constitucional é uma terra desconhecida onde não há leis nem regras!
A quem a polícia obedecerá então - o governo ou o tribunal? A quem o Shin Bet e o Mossad obedecerão, a quem o Tsahal obedecerá? E a questão mais importante será - o que os cidadãos farão? As pesquisas são claras - uma grande maioria dos cidadãos israelenses se opõe às ações do governo. Mas as pesquisas não impedem a tirania.
A história mostra que os cidadãos são a última e principal linha de defesa em qualquer democracia. A democracia é uma convenção segundo a qual os cidadãos devem respeitar as decisões do governo - desde que o governo defenda as liberdades básicas dos cidadãos. Quando uma das partes violar este acordo, a outra parte não deve continuar a respeitá-lo!
Quando um governo tenta estabelecer uma ditadura - os cidadãos podem se opor a ela!!
Esta é uma hora histórica para os cidadãos de Israel, esperemos que não seja a nossa última hora também. Devemos erguer nossas cabeças agora - ou mantê-las abaixadas pelo resto de nossas vidas! Devemos falar agora - ou ficar em silêncio para sempre! É hora de demonstrar, é hora de gritar, e também é hora de não representar!
Por exemplo, como professor universitário, espero que, enquanto o golpe continuar, fechemos todas as instituições acadêmicas em Israel! Devemos, claro, continuar apoiando nossos alunos neste momento difícil, mas os pescoços (?) devem ser travados.
(…) pessoas comuns e falam apenas sobre democracia, direitos humanos e liberdade.
E se algum de nós achar difícil entrar oficialmente em greve, - estou convencido de que, como israelenses, encontraremos maneiras engenhosas de desacelerar e nos desviar das diretrizes. Cada um de nós pode colocar um pequeno raio (?) nas rodas do golpe.
E, finalmente, como qualquer israelense que se preze, gostaria de aproveitar o fato de ter recebido um microfone para transmitir algumas mensagens pessoais:
- Esther Hayut e Gali Bahrav-Miara, vocês receberam um dos cargos mais difíceis e importantes da história do Estado de Israel. É uma responsabilidade enorme, e é um grande privilégio! Não leva mais de uma hora para alguns entrarem para a história. É o seu tempo! Não desista e não hesite - proteja nossa liberdade!
- Ao presidente Herzog e aos líderes dos partidos de oposição - protejam nossa liberdade, é inegociável! Quando um tigre vem nos devorar, é impossível transigir e deixar que ele nos devore no meio do caminho!
- E para reservistas relutantes - não sirvam a ditadores! Seu pacto é com a democracia israelense, não com seus coveiros!
- Ao Tsahal, ao Shin Bet, ao Mossad e à polícia israelense - se por infortúnio chegar o momento da verdade, faça a escolha certa! A história se lembrará de vocês como aqueles que protegeram os cidadãos, não os ditadores!
- A todos os manifestantes que vieram aqui esta noite e a todos os que estão participando das dezenas de manifestações por todo Israel – vocês são a esperança da democracia israelense! Se perseverarmos na luta, juntos venceremos!!
- E, finalmente, em nome de todos nós, quero enviar uma mensagem clara a Netanyahu, Levin, Rothman e seus amigos - é verdade, você tem 64 assentos, mas isso não significa que você pode sentar em Todos! Mãos fora de nossa liberdade! Pare o golpe - ou pararemos o país!!
Obrigado!”
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Nota: nesta edição pessoal, cuja única liberdade que me dei foi colocá-lo em parágrafos, coloquei os sinais de (?) e (…) nas partes do texto que, por exceção, julguei pouco claras ou truncadas; mas foram mínimas, porque a marca do texto da tradução é demonstrar a clareza conceitual de um grande pensador (CAT).
sábado, 4 de fevereiro de 2023
Se Bolsonaro não conseguiu dar o golpe que tentou dar é porque jamais teve força para dar
- Bolsonaro sempre quis dar o golpe; e tentou dá-lo; sua última tentativa foi em 8/01/23; não conseguiu, mas continuará querendo dá-lo;
- Os extremistas que o apoiam, frustrados e inconformados, ainda o apoiarão em outras aventuras;
- A chave para esta análise é separar o golpe que Bolsonaro tentou dar, e que ainda gostaria de dar, do golpe que não teve nem terá força para dar;
- Se Bolsonaro não conseguiu dar o golpe que tentou dar é porque jamais teve força para dar.
Se impõe, por isso, que saibamos tirar todas as consequências desta compreensão de que os democratas venceram as eleições. Em primeiro lugar, que a grande maioria dos democratas, sejam eles radicais ou conservadores, votaram tanto em Lula quanto em Bolsonaro nos 1º e 2º turnos das eleições presidenciais de 2022, à exceção dos democratas que preferiram votar nulo ou branco ou se abster. Em segundo lugar, que nenhum cidadão ou partido do campo democrático possui o monopólio de “ser democrata” e, muito menos, de que pode arrogar-se ser mais democrata do que outro.
Os golpistas à caça do “Xandão”
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023
A República Democrática do Centro
- A afirmação de um Campo Democrático majoritário, dos cidadãos que repudiam todo tipo de ditadura e que, ao mesmo tempo, querem viver em um Estado Democrático de Direito; ele une, em conjunto, duas posições políticas fundamentais, descritas, neste texto, como Democratas-Radicais e Democratas-Conservadores;
- O isolamento dos Extremistas, ou Não-Democratas, formado pelos que defendem ditaduras e não têm apreço por viver em um Estado Democrático de Direito;
- A afirmação de um Centro-Democrático, que é o subconjunto intercessão dos Democratas-Radicais e dos Democratas-Conservadores.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2023
Lula deveria valorizar e agradecer o papel que as Forças Armadas tiveram na derrota do golpe
- A tropa de elite institucional formada por militares das três Forças Armadas para proteger o Palácio do Planalto não agiu; pior, se omitiu; e fortes evidências mostram que foi conivente, simpática e complacente com os invasores;
- O dispositivo de proteção da capital federal a cargo da PM/DF, sob o comando do Governador Ibaneis chegou, permissivamente, a dar escolta à massa de extremistas até a Praça dos Três Poderes; e ficou óbvio que quando lá chegaram passaram à execução do já planejado: tomar os palácios e proceder ao quebra-quebra dos símbolos da República e da democracia brasileira;
- Não foram poucas as manifestações individuais de militares da ativa e da reserva de apoio aos insurretos.
- Fato I: as FFAA, incluídas as três forças, não saíram dos quartéis para apoiar o golpe;
- Fato II: as FFAA já não apoiaram o golpe, quando Bolsonaro pretendera dá-lo nos 7 de setembro de 2021 e 2022; antes dos 1º e 2º turnos da eleição presidencial de 2022 e, entre 30/10/22 e 31/12/22, após a vitória de Lula, quando ainda estava no poder.
terça-feira, 17 de janeiro de 2023
O golpe que Bolsonaro quis dar, e tentou dar, mas que não teve apoio das F.A. para dar
- O fato de que Bolsonaro sempre quis dar o golpe que tentou dar. Talvez tenha estado iludido pelo fato de que muitos militares são bolsonaristas, de que votaram nele em 2018 e 2022, de que ele comprou adesões com altos salários e cargos no governo, e de que, individualmente, alguns militares extremistas estiveram até dispostos a apoiá-lo na aventura do golpe;
- O fato de que as Forças Armadas não saíram dos quartéis para apoiar o golpe que Bolsonaro quis dar. Na verdade, decidiram não sair. Já não o tinham apoiado nos golpes que quis dar nos 7 de setembro de 2021 e 2022, antes dos 1º e 2º turnos da eleição presidencial de 2022 e, entre 30/10/22 e 31/12/22, após a vitória de Lula, quando ainda estava no poder. Finalmente, não o apoiaram na “brancaleônica” e infame intentona de 8/01/23 após a posse de Lula.
“O golpe só não teve sucesso também porque, desde os coronéis até o Alto Comandos das Forças, os chefes militares não aceitaram a ruptura desejada pelos extremistas. Eles cumpriram com seu dever. Em tempos extremos, de polarização, a decisão desses homens deve ser reconhecida.”