Na perspectiva dos democratas o gráfico abaixo contém um erro lógico, embora o seu design gráfico seja elegante e bonito.
Ele surgiu como uma postagem no Facebook e foi reproduzido por diferentes pessoas. Embora o gráfico contenha a assinatura do seu autor, um mestre em comunicação visual, ele traduz uma visão conceitual equivocada defendida por muitos que se situam à esquerda do espectro político.
Mas o valor mais alto, na hierarquia de valores dos democratas, é se o cidadão é ou não é um democrata, e não se é de esquerda ou de direita.
Isto não impede que quem seja de esquerda prefira um democrata de esquerda; nem que quem seja de direita prefira um democrata de direita. Isto é legítimo e necessário na discussão de projetos políticos.
Para compreender o erro do gráfico, basta verificar que não é exigido que a pessoa seja democrata se ela for de esquerda.
Ah..., alguns diriam, equivocadamente, reproduzindo velhos e ultrapassados argumentos: se é de esquerda é democrata! Errado, pois existe a extrema esquerda, que defende ditaduras, e não é democrática! E, na direita, encontramos, também, os que dizem que só pode ser democrata se for de direita! Mas os fascistas, definitivamente, não são democratas!
O debate sobre o que seja “ser democrata” (*) é uma questão fundamental para todos os que buscam uma alternativa democrática capaz de romper com a trágica e nefasta polarização bolsonarismo x lulopetismo, e apoiar um candidato da 3ª via.
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(*) A conceituação usada neste artigo toma como referência o texto "O que é ser democrata?" publicado neste blog em 2 de junho de 2020.