segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Usos e abusos da bandeira de Israel

Na contramão dos pensadores e intelectuais progressistas judeus, e comprometidos com a democracia, por que a extrema-direita atual gosta de desfraldar a bandeira de Israel?


A resposta rápida e clara, sem subterfúgios, é que a extrema-direita israelense, liderada por Netanyahu, tem hegemonia no governo de Israel. Não por menos Netanyahu é adjetivado de nazisionista por muitos de seus compatriotas israelenses.

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Não se trata de pessimismo. Trata-se de lógica!

Não se trata de pessimismo. Trata-se de lógica!


Não por menos a extrema-direita começou, até no Brasil, a desfraldar as bandeiras dos EUA e de Israel nas manifestações de Bolsonaro. Até na intentona golpista do 8/01/23 um desses imbecis portou a bandeira de Israel.

Para os que não têm memória, ou gostam de usá-la seletiva e convenientemente, Trump deu pleno apoio à extrema-direita israelense, liderada por Netanyahu, à negação aos palestinos de terem reconhecido o seu Estado e para a instalação de novas colônias judaicas no território palestino da Cisjordânia. 

Netanyahu, em jogo estratégico bem conhecido, fortaleceu o Hamas em detrimento da Autoridade Palestina, para alcançar o seu objetivo principal de não deixar que se criasse o Estado Palestino. Colheu, já desmoralizado, as trágicas consequências!

O Hamas e a extrema-direita israelense no poder são simétricos em suas responsabilidades pela guerra. O Hamas não aceita a existência do Estado de Israel. Netanyahu e os seus liderados não aceitam que o Estado Palestino exista!

A grande virada geopolítica que se seguirá, traz risco maior de guerras e de fragilização das democracias em todo o mundo.

Quem apoia o massacre de palestinos?

Definitivamente, os judeus e, consequentemente, Israel, não são contra os palestinos.


Quem o é é a sua extrema-direita ultranacionalista, fundamentalista e racista.

O que está havendo em Gaza não é uma guerra contra o Hamas, muito menos ações operacionais e de inteligência para resgatar prisioneiros!

O que está havendo é a continuidade da política de Netanyahu para inviabilizar a criação do Estado Palestino. A extrema-direita está se valendo da comoção criada com a violência do Hamas e com a captura de prisioneiros para colocar a população israelense e as suas forças armadas prisioneiras dos seus desígnios.

E, como toda extrema-direita, adoram “soluções finais e definitivas”. Adoram limpezas étnicas e genocídios!

A inteligência tem que voltar a prevalecer!

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… e, ao final, após toda a barbarie, não há qualquer garantia de que o Hamas, um grupo naziterrorista, será exterminado e de que os prisioneiros sejam resgatados com vida!

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Massacres e Genocídios

Afinal, ao longo de toda a história da humanidade exércitos vencedores não praticaram massacres e genocidios?


Muitos estudiosos desses eventos poderiam até dizer que isto sempre foi absolutamente normal, para concluir que isso também seria normal nos nossos dias.

Mas não é mais possível nos nossos dias! Antes não havia internet e redes sociais planetárias; agora crimes contra a humanidade são reportados em tempo real e o valor fundamental da vida e os direitos humanos têm que ser respeitados!

Esta é a razão pela qual os extremistas de direita e de esquerda se importunam tanto com o jornalismo livre a serviço da democracia!

Esta é a razão pela qual a atual liderança nazisionista de Israel, mesmo com todo o poder econômico e influência que possuem, não consegue fazer com que a consciência democrática majoritária existente em todo o planeta engula o argumento de que os palestinos estejam sendo massacrados em Gaza em nome do direito de defesa e de existência do Estado de Israel.

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

A ironia de tornar-se o que você uma vez odiou

Seria impensável uma crítica aos judeus como a traduzida na imagem abaixo antes do atual momento.


O mundo pós II Guerra mundial apoiou o surgimento de Israel como um símbolo de compromisso com a democracia, a liberdade e os direitos humanos.

Era necessário que não se esquecesse o Holocausto, que levara ao extermínio de 6 milhões de judeus nas mãos dos carrascos nazistas, para que jamais uma doutrina política fascista e racista defensora de limpezas étnicas pudesse se afirmar em qualquer parte do mundo.

Mas a liderança de Netanyahu em Israel marcou a ascensão ao poder do Estado judaico de uma extrema-direita fundamentalista e nacionalista empenhada em impedir a criação do Estado Palestino. Alguns de seus compatriotas já lhe cravaram o adjetivo de nazisionista.

A violência que está sendo empregada em Gaza, com a matança de milhares de palestinos indefesos, entretanto, vem despertando um crescente sentimento de indignação e preocupação, a iniciar-se na própria comunidade judaica, de que o atual grupo dirigente de Israel está em contraposição aos ideais que orientaram a fundação do Estado de Israel.

O mais importante a ser dito é que as tradições democráticas do povo judeu em toda parte do mundo, e a contribuição de seus grandes intelectuais, têm sido alicerce para o pensamento mais progressista da humanidade. E que isso não pode ser traído!

É a isso que devemos nos apegar para construir uma nova convivência na qual judeus e palestinos possam viver em paz.

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

O que Israel conseguirá com a sua violência em Gaza?

E não conseguirá destruir o Hamas; este, provavelmente, não acabará porque não é formado apenas de militantes, embora, devido ao seu ideário e métodos naziterroristas, vá sair enfraquecido, quase dizimado e capenga, além de isolado politicamente junto aos palestinos e nas comunidades dos países árabes e internacional.


Sim, haverá vários derrotados: o ideário nazisionista da extrema-direita israelense, que não aceita a existência do Estado Palestino; o ideário naziterrorista do Hamas que não aceita a existência do Estado de Israel; e uma certa ideia de ocidente como a de “mundo civilizado”, herdeira de uma certa nostalgia com os impérios baseados na força bélica adquirida por terem feito antes a revolução industrial e as revoluções científica e tecnológica.

Estamos iniciando uma nova era: a de um mundo multipolar!