O conjunto de posts que se seguirão é dedicado a todos os que acreditam poderem ser construtores do futuro e que desejam colocar as suas decisões a serviço de sentimentos, valores e sonhos generosos.
A Ciência da Decisão
Devo confessá-lo, sou prisioneiro de um modelo mental que no século XX firmou-se com sólidas raízes: o de que é possível, além de ser desejável e necessário, um mundo melhor para todos; portanto, de que podemos e devemos tentar construí-lo com nossas decisões e ações. Friso o para todos, pois, julgo, em presença de tantas injustiças, é nisto que esse modelo permanece revolucionário em pleno século XXI.
Embora ninguém tenha o poder de realizar tudo o que queira ou de eliminar de sua vida conflitos e incertezas, existem vários futuros desejáveis e possíveis em cada contexto de decisão; portanto, existe um espaço de liberdade para se escolher o futuro que se julga melhor, e como alcançá-lo. E isto vale para nossas vidas particulares e para a sociedade.
Por isso, todo indivíduo, para decidir, busca combinar processos informados e racionais com o pensamento intuitivo; e, isto, o fazem mesmo sabendo que, como tomadores de decisão, frequentemente falham, tanto em sua racionalidade quanto em sua intuição.
Sobretudo, nenhum indivíduo decide e age a não ser em interação com outras forças sociais e naturais. Por isso, as consequências de suas decisões resultam não apenas de suas escolhas, mas do conjunto de suas interações, em uma ampla rede, no ambiente em que suas ações são executadas. E, neste ambiente real, no qual vive e do qual faz parte, o indivíduo aprende a conviver com conflitos e incertezas.
O conjunto de posts que se seguirão é dedicado a todos os que acreditam poderem ser construtores do futuro e que desejam colocar as suas decisões a serviço de sentimentos, valores e sonhos generosos. Apaixonei-me jovem por esse paradigma. Ele dá um sabor especial à vida e esperança à humanidade, ao libertá-la da crença em um destino já determinado. Se ele está correto, o futuro de cada um, e o de todos, depende largamente de cada um e de todos nós. Essa é a premissa fundamental da ciência da decisão, e é o nosso ideário.
Carlos Alberto Torres
Carlos Alberto Torres... descobri voce neste blog, um guerreiro pertinaz. Desejo cumprimenta-lo, e vê-lo como modelo em lucidez de análises sensatas e equilibradas. Seu artigo sobre FHC espelha o que tasmbém acho a respeito. Foi extremamente necessário ao momento.
ResponderExcluirÉ preciso uma "martelada nietzcheriana" para recolocar o mundo em seu eixos. Parabéns!!
Caro Raul Bártholo, fico agradecido e sensibilizado com suas palavras.
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