sexta-feira, 22 de outubro de 2021

O #FORABOLSONARO! É A BANDEIRA DE TODOS OS DEMOCRATAS

Depois do relatório da CPI da COVID passamos a um novo contexto político.

Bolsonaro já sabia que a sua chance de se reeleger, mesmo antes dos resultados da CPI, se lhe esvaia por entre os dedos. O seu principal problema, agora, não é mais tentar uma reeleição, mas fugir da justiça: após o término do seu mandato como presidente, precisará, desesperadamente, ter imunidade; conquistá-la, passou a ser o seu objetivo principal.


Por isso, em 7/09, quis dar um golpe. Mas lhe faltou apoio político e militar. As forças político, sociais e econômicas mais relevantes lhe negaram apoio. E as Forças Armadas lhe disseram, claramente, que não iriam seguir o capitão tresloucado para romper com a Constituição e com a legalidade.

Não deu o golpe no 7/09 e não dará mais, embora tenha arrastado para o eixo monumental de Brasília, para a Av. Paulista, e para algumas das principais capitais, multidões trazidas em caravanas, numa logística milionária; cidadãos, diga-se, transformados em massa de manobra, mas que estavam dispostos a apoiá-lo em suas intenções. Saíram frustrados, pois viram que o capitão blefava com um golpe que não tinha força para dar.

Dos crimes de responsabilidade que já cometeu, atentatórios à democracia, e no enfrentamento à pandemia, sistematicamente levantados pela CPI, o seu problema maior, agora, é com a justiça. Felizmente, vivemos em um país cujas instituições democráticas revelam imensa resiliência; por isso, resistiram aos seus ataques golpistas para implantar um regime totalitário.

Voltar à Câmara Federal como deputado desponta como uma das suas possibilidades mais atraentes, pois permaneceu lá por 28 anos praticamente sem trabalhar. Lá, quase oculto e camuflado entre 513 outros deputados, ele poderá gozar, como sempre, as benesses do cargo, e da proteção para permanecer impune. Esta hipótese, certamente, já entrou na análise de suas alternativas.

Por outro lado, para sorte sua, neste já final de 2021 falta uma bandeira unificadora que possa mobilizar, nas ruas, milhões de democratas para derruba-lo por crime de responsabilidade.

O impeachment poderia ser esta bandeira. Mas o país está massacrado pela pandemia, pela recessão econômica, pelo desespero de famílias empobrecidas e pela inflação. Seria correto eleger o impeachment como prioridade, correndo o risco de agravar ainda mais a situação? 

Adicionemos a isso, o fato de que o negócio de ocasião do “Centrão” é não deixar passar o impeachment. Com isso, Lira já amealhou verbas orçamentárias fisiológicas bilionárias até “secretas”. E, para o PT, o impeachment é mera bandeira de agitação, sem querê-lo realmente, pois, o que querem é atrair Bolsonaro para um 2º turno onde será certamente derrotado; claro, gato escondido com rabo de fora. E se estas forças não defendem o impeachment, dificilmente ele passará na Câmara.

Lembremo-nos que quem vai às ruas não são apenas pessoas, mas forças políticas concretas com interesses políticos, sociais e econômicos concretos.

O clamor pelo #ForaBolsonaro!, se não há mais risco de golpe, e se o impeachment está praticamente inviabilizado politicamente, ganhou um outro caráter. Passou a ser a bandeira de todos os democratas pela renovação da política, e para livrar-se de Bolsonaro, pelo voto, em 2022. Doravante, os palanques serão para mobilizar cidadãos em adesão a projetos eleitorais. Esta é a forma mais concreta, confiável e consistente para fortalecermos a longo-prazo a nossa democracia.

O lulopetismo, com Lula como candidato, permanecerá com o seu palanque. O bolsonarismo, com ou sem Bolsonaro como candidato, com o seu. Lula chegou ao seu teto; doravante cairá. Bolsonaro está caindo vertiginosamente. São, ao mesmo tempo, os candidatos mais rejeitados pelo eleitor brasileiro. O Brasil precisa escapar desta armadilha e desta polarização.

Surgirá, agora, o palanque dos candidatos da 3ª Via para levar pelo menos um ao 2º turno. Um deles será o próximo presidente da república. O que os unirá será um projeto para desbloquear o desenvolvimento da democracia brasileira, ética na política e a retomada da prosperidade econômica.

Este é um momento crucial de nossa história; poucas vezes a sociedade necessitou tanto de renovação!

Nenhum comentário:

Postar um comentário