sábado, 6 de março de 2021

Os perigos que nos rondam

De fato, estamos todos cansados. E as ruas estão cada vez mais perigosas.

Nem são mais, apenas, os antigos moradores de rua, que já eram um índice da desorganização de nossa sociedade mesmo antes da pandemia.

São os novos moradores de rua, homens, mulheres e crianças, com fome, que sequer dominam as estratégias de sobrevivência na rua. Sobretudo, são pessoas que jamais imaginaram estar nesta situação, não querem continuar nela, e estão em estado de perplexidade porque foram jogados na rua.

São as famílias desestruturadas pela pandemia e pela crise econômica, estão desempregados ou sem conseguirem mais qualquer tipo de renda nas formas de trabalho - até informal - com as quais se mantinham; elas não têm mais onde morar. O medo, a fome, a doença e a miséria, e o sentimento de viverem em uma situação indígna, os está levando ao desespero. Esta é a mãe e o pai da violência descontrolada.

Não vivemos mais, apenas, o risco de contrair o vírus em sua fase mais agressiva. A degradação da organização social apresenta-se a olhos vistos, pois o próprio poder público não está mais conseguindo fazer valer a autoridade e o respeito aos “lockdowns” necessários que decretam.


Os homo sapiens logo “resolvem” os seus problemas, e não irá demorar muito para que as armas do capitão cloroquina estejam nas mãos de bandos armados que circularão pela cidade. As milícias estenderão o seu poder e farão valer a sua própria lei não mais em áreas circunscritas; as ruas serão o seu território.

Estamos à beira da possibilidade de algo grave, indescritível e jamais visto.

Enquanto isto, o capitão, convertido em bolsovírus, agrava a situação sanitária e econômica a cada frase que pronuncia.

Estas são possibilidades no cenário mais trágico. Precisamos impedir que ele se realize. Se o capitão cloroquina não for afastado, a situação poderá sair de qualquer controle. A defesa da democracia e do Estado Democrático de Direito é o que deve unir a todos os brasileiros diante do seu projeto totalitário!

Pois bem, caros amigos, estamos todos juntos neste barco. Desanimar é humano. Mas a ninguém, seja individual ou coletivamente, é dado o direito de não lutar pelo bem comum e contra o egoísmo dos criminosos.

Talvez seja o caso de nos fazermos a pergunta sugerida por Einstein, “qual a oportunidade que existe aqui?”. Claro, refiro-me àquelas buscadas por cidadãos que acreditem ser possível construir um mundo melhor para todos, e que encarem as adversidades como um desafio pra melhorarem, também, a si mesmos.

Talvez cada um de nós tenha que fazer a sua própria autocrítica perguntando-se: - “como foi possível regredirmos até aqui?”.

#InterdiçãoJá!

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