Precisamos unir o campo democrático para derrotar o capitão cloroquina em 2022.
Por que isso é essencial? Porque é necessário partir da ideia de que devamos ter um projeto para tirar o país da crise. Um projeto democrático, a serviço dos brasileiros e do Brasil.
Logo, esse projeto não pode ser, apenas, isoladamente, o do interesse de um dos seguintes atores no processo político, embora seja imprescindível que seja, em conjunto, o de todos eles:
1. O dos partidos, nomeadamente os maiores: o PT, o PSDB, ou o DEM, os que, mais notoriamente, têm projeto de poder;
2. O dos partidos menos vocacionados, neste contexto histórico, para o poder, como o MDB, o PDT, o PSB, o Cidadania, a Rede, o PSOL, o PCdoB, o Podemos, o Novo, etc.;
3. O das candidaturas postas, o Haddad, o Ciro, o Dória, o Huck, o Mandetta, etc.; a presença de Moro como candidato não me parece provável, por sua trajetória e perfil, e porque ele, pessoalmente, jamais revelou ter este projeto, embora, enquanto personalidade, faça parte do campo democrático e muito tenha a colaborar para fortalecê-lo.
Parte-se da hipótese de que não devamos abandonar a estratégia de unir o campo democrático, por não sabermos ainda como fazê-lo, para derrotar o capitão no 2º turno, levando-o a concorrer com um candidato do campo democrático.
Neste delineamento, a mais provável hipótese de reeleição do capitão será uma disputa com o PT; na verdade, este delineamento trágico, que repetirá 2018, será uma disputa entre rejeições.
Por isso, toda a sabedoria do campo democrático para aumentar sua chance de vitória em 2022, é preciso dizê-lo, mesmo enfrentando as inevitáveis reações e suscetibilidades, é de que devemos conseguir articular um 2º turno sem PT; e na melhor hipótese, ainda, embora menos provável, sem o capitão cloroquina.
E é necessário que se antecipe, claramente, que este delineamento deve ser buscado sem deixar dúvida que o PT, enquanto partido, pertence ao campo democrático. Embora, ao mesmo tempo, não signifique adesão ao movimento pela anulação das condenações de Lula, pois isto significaria um achincalhamento da justiça brasileira.
Portanto, a busca dessa solução não significa uma discriminação a qualquer partido ou personalidade candidatável do campo democrático, mas porque estamos buscando uma solução para o Brasil.
De Carlos Alberto Torres
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