quarta-feira, 6 de maio de 2020

Os democratas estão de volta às ruas!

Sabemos que diante de ações de desrespeito que nos agridem, tanto pessoalmente, ou aquelas praticadas por agentes políticos contra as instituições democráticas e contra o bem comum, a pior estratégia é a de fingirmos que nada está acontecendo.

O agressor, se não lhe colocarmos limites, continuará a sua escalada. Alguns, se não forem parados com a devida resposta correta e equilibrada, e se deixados impunes, pensarão, mesmo, que lhes foi dado o direito divino de delinquir.

Podemos até perdoar os transgressores, às vezes é a primeira pena que lhes podemos atribuir; exatamente, o perdão, se houver arrependimento sincero. Mas, sempre, mesmo que tenhamos paciência e prudência, a melhor resposta e estratégia é lhes mostrar os devidos limites; sabem disso todos os que já foram alvo de violência ou arbítrio!

É o que está acontecendo com Bolsonaro em sua escalada. Pensa que tem o poder de nos calar, e se torna cada vez mais agressivo. O Congresso está fazendo o seu papel. O STF está fazendo o seu papel. Mas os cidadãos, corretamente, estão guardando o isolamento/distanciamento social em respeito ao valor maior da vida diante da pandemia do coronavirus. Estamos em casa; enquanto isso, ele está levando os seus radicais para a rua em apoio a um golpe militar, e ao fechamento do Congresso e do STF.

Continuaremos sem ir às ruas enquanto o mais elementar compromisso e respeito com o valor da vida nos aconselhar. Mas não estamos passivos nem acovardados. Está em ebulição, e presente, nas nossas consciências, e nas redes, a nossa indignação. Somos milhões, democratas, simplesmente, a maioria dos brasileiros!

Precisamos, entretanto, dar um passo à frente. Já estamos muito ativos nas redes sociais, mas é necessário abrir a discussão sobre o que podemos fazer a mais.

Transcrevo, abaixo, a proposta de Walmyr Buzatto para a volta dos democratas às ruas. Ela é criativa e responsável, e tem o mérito de poder ser implantada rapidamente usando o poder das redes. Eis sua formulação inicial, pensando em São Paulo, mas que vale para qualquer recanto do país: 

“Não podemos nos aglomerar nas ruas. Não podemos ir à Paulista, em Sampa, para protestar, mas podemos sair na frente de nossas casas, de nossos prédios, em horário combinado, mantendo distanciamento social, protegidos, mas deixando claro que não compactuamos com o que Bolsonaro faz na presidência e queremos que ele saia.” A experiência começou no dia 14/05/2020, como abaixo. Mas pode ser repetida sempre que for combinada. O grupo "Vamos pra Rua!", surgido em Brasília, já o adotou.


Não importa qual seja a sua posição pessoal a favor, ou não, do afastamento de Bolsonaro, o que nos une neste movimento é sermos democratas, repudiarmos todo tipo de ditaduras e somente querermos viver sob um Estado Democrático de Direito. E é dentre os que defendam estas premissas que se abre esta discussão.

No dia 14/05, às 20:30, começou esta experiência para os democratas voltarem às ruas e soltar o seu #ForaBolsonaro! represado no peito.

O importante é que as ruas, novamente, sejam recuperadas pelos democratas. Nada mais justo e correto, pois somos a maioria dos brasileiros; somos dezenas de milhões de cidadãos e patriotas!

Estamos em defesa da democracia e da vida! Por isso estamos respeitando o isolamento e o afastamento social. Pois bem, essa é uma proposta. Certamente, os cidadãos desenvolverão, criativamente, e de forma espontânea e responsável milhares de outras alternativas.

O importante é que os democratas voltem a ocupar as ruas!

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