quarta-feira, 28 de setembro de 2022

AOS CAROS AMIGOS ESPERANÇOSOS DE LUTA

Porque Simone Tebet será eleita Presidente se for ao 2º turno com Lula?


Seguirei com minha decisão de votar em Simone Tebet por julgar ser a melhor alternância de poder para o Brasil. Ela representa, para mim, uma necessária despolarização baseada na competência, no equilíbrio e na decência.

E por trazer a maior expectativa e esperança para que a família brasileira possa realizar, em paz, os seus melhores projetos de prosperidade e felicidade.

Entretanto, temos que reconhecer que as reiteradas ameaças de Bolsonaro à democracia, e de não respeitar a vontade livre e manifesta dos eleitores, caso o resultado das urnas lhe sejam desfavoráveis, foi levado à sério por vastos contingentes de opinião. 

E isso tem sido explicitado em diferentes manifestos, em defesa da democracia, de numerosos setores, representando cidadãos, profissionais e corporações os mais influentes!

Em consequência, as pesquisas eleitorais apontam para a vitória de Lula, que poderá dar-se até no 1º turno, para exorcizar mais rapidamente o golpe que Bolsonaro ameaça dar. E, apontam que Bolsonaro também perderá se a eleição for para o 2º turno.

Bolsonaro não tem mais qualquer chance de ser eleito pela expressão do voto democrático em eleições limpas, tais como são garantidos pelo nosso processo de votação e apuração eletrônica de votos.

Na prática, está quebrada a polarização lulopetismo x bolsonarismo, se posta nos termos das instituições democráticas, pois Bolsonaro não tem mais qualquer chance de vencer nas urnas.

Mas muitos dos seus eleitores, radicalizados, estão prontos a levá-lo à derrota nas urnas e, ainda, temos que reconhecer, muitos deles estão dispostos a apoia-lo em ações antidemocráticas! 

Portanto, resta a dúvida se ele teria força de vencer anti-institucionalmente, promovendo um golpe de Estado.

A resposta que daremos a esta questão é sumamente importante para a nossa decisão de voto! Precisaríamos, ainda, continuar prisioneiros da polarização? E dar a vitória a um dos seus polos, Lula, para nos livrarmos do outro?


Defendo que não, baseado em duas convicções:

BOLSONARO NÃO TEM FORÇA PARA DAR O GOLPE QUE QUER DAR

Não terá apoio das instituições democráticas, da maioria da população e das Forças Armadas; e estaria totalmente isolado da comunidade internacional das nações

SIMONE TEBET SERÁ ELEITA PRESIDENTE DA REPÚBLICA SE FOR AO 2º TURNO COM LULA

Simone Tebet, no 2º turno passaria a receber o voto dos que votariam em Lula ou em Bolsonaro com o dedo no nariz para livrar-se do outro, que julgam o mal maior. Além disso, como o 2º turno é outra eleição com apenas dois candidatos, a imensa rejeição de Lula, de quase 40%, determinaria a sua derrota com o inevitável realinhamento de forças que se processaria.

Em síntese, dirijo-me aos democratas que até o momento final buscam as melhores saídas para o Brasil e que, portanto, não estão querendo votar com medo ou, apenas, no favorito.

Conclamo a todos os que estão convencidos de que Simone é a melhor opção a saírem em campo para levá-la ao 2º turno e, depois, elegê-la Presidente do Brasil!

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

A guerra dos fantasmas


Tratando-se das eleições presidenciais, por que não votarei nem 13 nem 22 no  turno? As minhas razões são simples:
  1. Em nome da democracia. Ambos atentam contra ela; e pior, nos chamam para uma luta fratricida contra fantasmas. Um nos chama para o combate ao fascismo; o outro, para o combate ao comunismo. Na teoria e na pratica não saíram como que da primeira metade do século passado.
  2. Em nome da decência, pois não voto em bandido. Em nome de suas “causas políticas sagradas” querem que joguemos para debaixo do tapete os crimes que já praticaram ou estão praticando; com isso, querem que, com o nosso voto, lhes permitamos continuar praticando o assalto ao Estado nas modalidades de que são especialistas.
Se você não concorda, lamento; mas jamais me proporia a convencê-lo individualmente, pois não seria respeitoso; sempre tive a esperança de que, politicamente, a sociedade brasileira já tivesse convergido em compreensão, e aprendido, pelas tragédias acontecidas no duro caminho que temos trilhado, a combater os fatores que bloqueiam o desenvolvimento de nossa democracia. 

Tudo está montado para a continuidade dessa trajetória histórica perversa, que vitima, em primeiro lugar, os mais fracos socialmente, particularmente aos pobres, negros e mulheres. Se um desses candidatos vencer, pois este é o grave risco para o qual estão apontando as pesquisas eleitorais, continuaremos aprisionados ao passado.

Se ainda faltasse dizer algo seria que não votarei nem no 13 nem no 22 no 1º turno porque tenho memória e não me deixo enganar. E porque minha trajetória, mesmo aos 77, não me permite deixar de continuar sendo, até o último momento, um esperançoso de luta.

domingo, 18 de setembro de 2022

A ARMADILHA DO VOTO ÚTIL

A eleição presidencial polarizada colocou a sociedade, e os eleitores, diante de falsos dilemas que nos dividem. O primeiro, o da disputa democracia versus fascismo; o segundo, o da disputa entre esquerda versus direita. 

Mas o que está em disputa é o desenvolvimento de nossa democracia versus o que a bloqueia.

Estas concepções, que nos dividem, entretanto, são falácias (*) que nos conduziram para um quadro eleitoral em que os dois candidatos colocados em primeiro lugar nas pesquisas - bem à frente dos demais -, se vencedores, manterão bloqueado o desenvolvimento de nossa democracia com a politica aprisionada e regida por valores conservadores e reacionários do passado, nomeadamente, o populismo, o patrimonialismo, o assalto ao Estado e a corrupção sistêmica. 

A consequência disso já o conhecemos: o bloqueio do progresso, o atraso científico e tecnológico e a incapacidade de promover uma justiça inclusiva com a erradicação da pobreza e da miséria.

Um segundo turno com Lula e Bolsonaro, ou mesmo a sua ausência, terá, pois, o conteúdo de uma tragédia histórica que nos manterá nessa prisão. Concretamente, no contexto dessa eleição sumamente polarizada, existe somente um caminho efetivo para a democracia: levar Simone ou Ciro ao 2º turno.


Este texto trata do enfrentamento à estratégia do voto útil, colocada em prática pela campanha de Lula para atrair os votos dos eleitores potenciais de Simone e de Ciro.

Ele dirije-se, em particular, aos democratas que estão dispostos a votar em Lula ou Bolsonaro com o dedo no nariz como estratégia para derrotar ao outro que consideram o mal maior.

Mas esta é uma armadilha baseada na conveniente narrativa de que já está “escrito” que o 2º turno será entre Lula e Bolsonaro.

Portanto, dirijo-me aos democratas que, embora críticos aos erros imensos de cada um, ainda assim, prefiram votar em um contra o outro.

Pois bem, nesta reta final, com lucidez, racionalidade e coragem terão que examinar a hipótese de votar em outros candidatos que considerem melhores, embora não figurem na dianteira das pesquisas eleitorais.

Bolsonaro não vencerá a Lula no 2º turno devido à sua altíssima rejeição. Mas Simone ou Ciro poderão fazê-lo.

Resumindo:
  1. Se votarem em Bolsonaro no 1º turno o levarão para o 2º turno, mas quem vencerá será Lula;
  2. Se votarem em Lula, estarão desviando preciosos votos que poderiam ser essenciais para garantir a presença de Simone ou Ciro no 2º turno; deixemos esses votos para os lulopetistas de raiz que lutam para eleger o seu “pai-pai”;
  3. Mas se, com o seu voto, você levar Simone ou Ciro ao 2º turno, provavelmente Simone ou Ciro será eleito; consequentemente, Lula será derrotado.
Naturalmente, dirijo-me aos democratas que não querem se contentar com o “mal menor” e não querem, por medo, serem capturados pelos argumentos dos que propõem o “voto útil”, que, como vimos, só favorecem a Lula.

Pensem nisso todos os democratas!

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sexta-feira, 9 de setembro de 2022

As duas falácias que nos dividem

A promulgação da Constituição de 1988 demarcou o início do mais longo período republicano de normalidade democrática: foram 34 anos marcados pela vigência do Estado Democrático de Direito. 

A democracia não é como uma obra acabada; ao contrário, é como um projeto sempre em desenvolvimento. E sofre riscos e ataques. Mas a expressa vontade de mais de 70% da população de viver em uma democracia, bem como a resiliência de nossas instituições democráticas, lhe garantem a força para resistir aos ataques.

Após o 7 de setembro de 2022 ficou claro que Bolsonaro não conseguirá dar o golpe que quer dar porque não tem força nem apoio para dar. O que vale é o compromisso manifesto dos brasileiros com a democracia!

A força de nossas instituições democráticas e, em particular, o compromisso das Forças Armadas com a Constituição, com a lei e com a ordem (*), estão aí para barrar o golpe!


A disputa histórica deixou de ser entre a democracia e o fascismo. A história retomou o seu rumo, iniciado com a redemocratização, marcada pela promulgação da Constituição de 1988.

E somente com muita forçação de barra o é entre direita e esquerda! 

A disjuntiva histórica dessas eleições voltou a ser o desenvolvimento de nossa democracia versus o que a bloqueia, ou seja, a corrupção, o populismo, o patrimonialismo e o salvacionismo anticientífico. 

É necessário retomar o projeto da democracia, em nome da liberdade, da justiça, dos direitos humanos e de uma prosperidade inclusiva, com a erradicação da pobreza e da miséria.

A história está sendo pedagógica. Mostrou, com o casamento de Bolsonaro e Lula nessas posturas atrasadas e anti-históricas, que estas são duas faces de uma mesma moeda reacionária e contra o progresso.

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sexta-feira, 29 de julho de 2022

Lutando pelo futuro necessário, desejável e possivel

Tenho um pé bem assentado na realidade. Isto é essencial para andar com firmeza.

Mas o outro pé, o da frente, aponta para onde eu quero chegar. Seres humanos são construtores de futuros desejáveis e possíveis. 


Não luto, no caso da política, como um apostador em corridas de cavalo conservador: ele sempre aposta no favorito, porque provavelmente vai ganhar. Luto pelo futuro que julgo necessário, desejável e possível, mesmo que não seja o mais provável.

De repente, o que parecia difícil ou muito difícil, até improvável, acontece. Mas jamais aconteceria, socialmente, se milhões de brasileiros não tivessem lutado por isso. Sempre fui assim. Gosto de ser assim. Não mudarei aos 77 anos.

Exercito, nestas eleições, esta filosofia. Votarei em Simone Tebet no 1º turno; e espero, no 2º turno, elegê-la Presidente.

Julgo ser este o futuro necessário para o Brasil. Por que eu votaria no pior candidato, Bolsonaro, que atenta contra a democracia e prega o uso de armas e a violência? Por que eu votaria no 2º pior candidato, Lula, por medo do golpe que Bolsonaro quer dar mas que não tem força para dar?

domingo, 24 de julho de 2022

Por que um candidato da 3ª Via poderá ser eleito Presidente?

Quanto mais Bolsonaro ameaça dar um golpe (à la Trump), caso perca a eleição, mais perde apoio dos seus eleitores democratas. E o eleitor, em sua sabedoria, já identifica nestas ameaças o discurso de quem já se sabe derrotado pelo voto democrático.

Caminha para o fundo do poço, onde encontrará apenas os seus eleitores radicais e ideológicos de extrema direita, que cultuam as ditaduras, as armas e a violência; sobretudo, que não são suficientes para levá-lo ao 2º turno.


Por outro lado, já não lhe são suficientes as benesses da PEC eleitoral nem aquelas, indiretas e fisiológicas, advindas do Orçamento Secreto para reverter o aumento de sua rejeição e inevitável queda.

E quanto mais alega fraude nas urnas eletrônicas mais o mundo e as instituições democráticas brasileiras lhe dizem, com total clareza, que repudiam as suas intenções golpistas. E, por mais que tente aprontar alguma confusão, antes ou depois das eleições, o seu intento será derrotado pela resistência democrática nacional e internacional.

Até ontem, alguns, preocupados com essa ameaça de golpe e, para exorcizá-lo, defendiam concentrar o voto em Lula desde o 1º turno. Milhões, embora sem serem lulopetistas, já se propunham a votar em Lula, o mal menor, para evitar o golpe que Bolsonaro quer dar mas que não tem força nem apoio para dar.

Existe, entretanto, um novo quadro, particularmente após a reunião de Bolsonaro com os embaixadores estrangeiros, quando destilou inverdades, sem provas e já respondidas, contra o Sistema Eletrônico de Apuração e Contagem de votos.

Isto chocou a comunidade internacional. O que se verificou após foi a reação generalizada das instituições democráticas em repúdio às nítidas intenções golpistas do Presidente.

E o eleitor começou a mudar o seu posicionamento; em síntese essas são as novas tendências:

1. Ex eleitores democratas de Bolsonaro afastam-se dele e buscam uma candidatura ao centro;

2. E, quanto mais Bolsonaro perde votos, maior é o contingente de democratas dispostos a tirá-lo do 2º turno;

3. E, quanto maior a probabilidade de Bolsonaro não ir ao 2º turno, maior é a chance de que os que votariam em Lula com o dedo no nariz, para afastar o mal maior, decidam votar em um candidato da 3ª via;

4. Confirmada essa tendência, Lula começará a cair os seus índices nas pesquisas eleitorais.


Este delineamento lógico e simples inaugura um novo quadro no qual, simultaneamente à queda provável dos índices de Bolsonaro e de Lula, crescerão os índices das candidaturas da 3ª Via.

Em uma eleição que já parecia estar definida para a vitória de Lula, de repente, mostra-se com outras possibilidades, pois, se um candidato da 3ª Via chegar ao 2º turno, mais provavelmente Simone Tebet, ele poderá ser eleito Presidente da república.

Caminho difícil e árduo, não é? Mas vale a pena apostar, pois nele está a chance de promover uma alternância democrática do poder sem os dois piores candidatos.

quarta-feira, 20 de julho de 2022

A equação certa para os democratas

Nós, os seres humanos, somos construtores de futuros. Aliás, é isso o que nos diferencia.

É verdade que não conseguimos construir qualquer futuro que nos dê na telha! Mas existem alguns que são possíveis e desejáveis.

Um deles, pode ser descrito como abaixo:


Este, o explicitado na equação, diga-se, não é futuro que até agora se esteja dizendo ser o mais provável.

Mas ele tem um mérito: corresponde a uma solução melhor para o Brasil. Portanto, é uma boa causa e um chamamento à luta!

Até agora está vencendo a tese do medo, de que devemos nos contentar com o mal menor, o Lula, para nos livrar do Bozo.

Mas esse raciocínio “amedrontado” adota a premissa da inevitabilidade do Bozo no 2º turno. Esta ideia somente serve ao Bozo e, principalmente, a Lula. E reforça a adesão até da maioria dos democratas, que não são lulopetistas, a votarem nele desde o 1º turno.

Mas tudo muda se começarmos a trabalhar com a possibilidade de tirar o Bozo do 2º turno. Neste caso, a lógica muda: passa a ter como objetivo derrotar os piores candidatos a Presidente. Para não deixar dúvidas: a Bozo no 1º turno e a Lula no 2º turno.

Alguns democratas se referem a Lula como o mal menor, um conceito ético-religioso. Mas, se esse é o argumento, suponho que, melhor ainda, é nos livrarmos de todo o mal.


Estou nesta campanha. Isto mudará tudo. E para melhor! Teremos a possibilidade de derrotar a polarização que aprisiona o Brasil em valores do passado!