sexta-feira, 9 de setembro de 2022

As duas falácias que nos dividem

A promulgação da Constituição de 1988 demarcou o início do mais longo período republicano de normalidade democrática: foram 34 anos marcados pela vigência do Estado Democrático de Direito. 

A democracia não é como uma obra acabada; ao contrário, é como um projeto sempre em desenvolvimento. E sofre riscos e ataques. Mas a expressa vontade de mais de 70% da população de viver em uma democracia, bem como a resiliência de nossas instituições democráticas, lhe garantem a força para resistir aos ataques.

Após o 7 de setembro de 2022 ficou claro que Bolsonaro não conseguirá dar o golpe que quer dar porque não tem força nem apoio para dar. O que vale é o compromisso manifesto dos brasileiros com a democracia!

A força de nossas instituições democráticas e, em particular, o compromisso das Forças Armadas com a Constituição, com a lei e com a ordem (*), estão aí para barrar o golpe!


A disputa histórica deixou de ser entre a democracia e o fascismo. A história retomou o seu rumo, iniciado com a redemocratização, marcada pela promulgação da Constituição de 1988.

E somente com muita forçação de barra o é entre direita e esquerda! 

A disjuntiva histórica dessas eleições voltou a ser o desenvolvimento de nossa democracia versus o que a bloqueia, ou seja, a corrupção, o populismo, o patrimonialismo e o salvacionismo anticientífico. 

É necessário retomar o projeto da democracia, em nome da liberdade, da justiça, dos direitos humanos e de uma prosperidade inclusiva, com a erradicação da pobreza e da miséria.

A história está sendo pedagógica. Mostrou, com o casamento de Bolsonaro e Lula nessas posturas atrasadas e anti-históricas, que estas são duas faces de uma mesma moeda reacionária e contra o progresso.

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