Acho que estamos caindo em uma armadilha ao estarmos alimentando esta disjuntiva entre Richarlison e Neymar.
O nosso encantamento com o belo gol do Richarlison e, depois, ao sabermos dos fatos positivos de sua atuação cidadã foram momentos que eu, pessoalmente, e penso, todos nós, curtimos bastante pelas melhores razões.
Mas temos que reconhecer que 99% de nós sequer o conhecíamos antes.
Em seguida, uma sociedade dividida politicamente como a nossa, que vive a patologia social do “nós contra eles”, está passando, irresponsavelmente, à demonização do Neymar e à igualmente errada mitificação do Richarlison.
Isto prejudicará a nossa seleção.
Além de essa ser uma disjuntiva artificial, estão levando a divisão política e o “nós contra eles” para dentro da seleção.
Ou paramos isso imediatamente ou estaremos criando o adversário mais poderoso para o Brasil nesta copa: a desarmonia interna e a exacerbação das vaidades.
Precisamos fazer um esforço coletivo, talvez difícil, sem lado bom ou mau, para SEPARARMOS, em nossas mentes, a Copa da disputa política polarizada, que nos dividiu e nos desuniu durante as eleições presidenciais.
Neste momento, a nossa única seleção de futebol nos une. Todos sabemos que os jogadores convocados são os nossos maiores valores. E Neymar está lá pelos seus méritos reconhecidos pelos que mais entendem de futebol.
É hora de estarmos unidos sob as mesmas cores. As eleições já passaram. E será com esta única seleção que disputaremos. E, óbvio, para tentar ganhar!
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