terça-feira, 4 de outubro de 2022

O Brazil não conhece o Brasil

Esquerda brasileira não entendeu que a sociedade mudou, especialmente no interior e nas periferias dos grandes centros

Por Merval Pereira
04/10/2022 04h31, O Globo (*)


A música premonitória de Aldir Blanc e Maurício Tapajós “Querelas do Brasil” reflete o resultado das urnas do primeiro turno. Sempre achei que a eleição iria para o segundo turno e considerava isso bom, porque obrigaria o PT a fazer acordos, dentro da perspectiva de que Lula ganharia facilmente e iria para o segundo turno forte. Agora, a situação mudou completamente. Lula precisa de apoio, a diferença de cinco pontos percentuais é uma vitória com gosto de derrota, porque todo mundo esperava pelo menos o dobro, se ele não ganhasse no primeiro.

Um fato curioso, e preocupante, é que os dois líderes no segundo turno independem dos partidos. Lula é maior do que o PT e, se fosse outro candidato, provavelmente Bolsonaro ganharia de novo. Bolsonaro não acredita em partido. Em 2018, estava no PSL e levou o partido nanico a ser o maior da Câmara. Está no PL agora, e o partido mais uma vez elegeu a maior bancada. É uma eleição diferente de todas as anteriores, que de uma forma geral repete a de 2018.

Quando havia PT contra PSDB, havia uma disputa partidária, de maneiras de ver o mundo dentro de uma ótica social-democrata. Hoje são duas personalidades em disputa. Temos de recalibrar essa percepção do homem médio brasileiro, mesmo que não gostemos do que vemos. Chamar a esquerda de “progressista” é classificar os que não o são de “regressivos”. É isso mesmo? O país não está dividido entre “progressistas” e “regressivos”, é mais complexa a realidade. Não podemos relegar a um plano secundário 50 milhões de pessoas.

Nem todo esquerdista é progressista. Ou é progressista quem defende ditaduras sangrentas? E nem todo conservador é regressivo. Muitos votaram em Lula para se livrar de um estigma.

Temos de entender suas preocupações, seus anseios, mostrar, pelo exemplo, que não é preciso ser extremista de direita para conseguir o que se quer. Não temos uma direita capaz de liderar esse povo, os partidos terão de mudar muita coisa. Se a gente imaginar que essas pessoas estarão separadas para sempre, teremos de dividir o país em dois, sem possibilidade de conviver. Não é isso o que acontece. Quando existia o PSDB, esses eleitores se sentiam representados por um partido que, embora de centro-esquerda, entendia o agronegócio, entendia as questões de saúde e programas sociais.

Mas a esquerda brasileira não entendeu que a sociedade mudou, especialmente no interior e nas periferias dos grandes centros; é uma sociedade muito mais empreendedora, cada um por si, mais capitalista, que não quer o governo se metendo. Isso já tinha sido detectado há anos numa pesquisa que o Instituto Perseu Abramo fez no ABC paulista e deu um resultado surpreendente na região que foi o berço do PT. Explicitava o anseio por liberdade de ação, que não tinha nada a ver com sindicatos, mas com o apoio para o empreendedorismo. O PT já havia detectado essa tendência e engavetou a pesquisa, talvez com receio de encarar a realidade.

Essa situação evoluiu muito de lá para cá. Bolsonaro captou o anseio da sociedade por liberdade de ação, pelo menos na retórica ele vende essa ideia, e as pessoas a compram pelo valor de face. A esquerda e a classe média urbana ficaram muito preocupadas com a falta de empatia na pandemia, com a falta de vacinas, mas isso não afetou o eleitorado de Bolsonaro, tanto que Pazuello foi o candidato mais votado para deputado federal no Rio.

O que afeta os bolsonaristas, ou os que votam nele mesmo sem ser militantes, é emprego, menos inflação - que está acontecendo. São coisas mais do cotidiano do que conceitos como liberdade de expressão, democracia, valores civilizacionais fundamentais, mas que não pesam no Brasil profundo, às voltas com questões básicas de sobrevivência. Acho até que, em determinado momento da campanha, a inflação alta e o desemprego tiveram papel importante, dando dianteira a Lula.

Mas, à medida que a economia melhorou, que o dinheiro do Auxílio Brasil chegou à ponta, isso se desfez. O mesmo efeito que houve quando o PT lançou o Bolsa Família ou criou o crédito consignado. Esse bolsonarismo nasceu porque Bolsonaro é o único líder político que surgiu nos últimos tempos para aglutinar essa centro-direita que une conservadores, centro, direita, extrema direita. Não é que todos sejam extremistas de direita. Ao contrário, a minoria é como Bolsonaro, defende essas teses radicais. A maioria quer um partido que possa representar seus anseios, defendê-la de seus receios sobre o futuro.

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segunda-feira, 3 de outubro de 2022

A EMERGÊNCIA DO BRASIL PROFUNDO

Baseemo-nos nos dados do último boletim de apuração do TSE divulgado hoje, 3/10/22, às 5:14:46 h, com 99,99% dos votos apurados (*).

Nenhum país do planeta montou sistema tão eficaz para votação e apuração de votos. Um motivo de orgulho verdadeiro dos brasileiros. Já ontem, 2/10/22, no mesmo dia das eleições, sem fraudes e com resultados auditáveis, soubemos quem ganhou ou quem perdeu as eleições.

A considerar o conjunto dos eleitos, Governadores, Senadores, Deputados Federais e Deputados Estaduais, o resultado favoreceu ao campo bolsonarista. Revelou-se a emergência do voto conservador do eleitor real do Brasil profundo. 

Definitivamente, a esmagadora maioria destes eleitores não divide o mundo entre esquerda ou direita, muito menos entre comunistas ou fascistas (**)(***). Mas são conservadores, se consideram democratas e foram às urnas eletrônicas, acreditando nelas, para escolher os seus representantes. 

Milhões dos eleitores de Lula discordarão totalmente da formulação contida no parágrafo acima. Exatamente, por isso, já começam o 2º turno derrotados. 

Por isso, a maior conquista que todos os brasileiros comprometidos com a democracia poderão fazer até o dia 30/10/22, o dia do 2º turno das eleições presidenciais, será compreender os anseios dos eleitores desse Brasil que emergiu com total clareza.

Teremos que lidar com a realidade fria dos fatos e dos dados, para compreender quais os sentimentos e anseios que eles expressam, e compreender, por mais duro que isso seja, que tudo favorece à vitória de Bolsonaro no 2º turno.


A primeira operação de pensamento a ser feita é não colocar a culpa de Lula não ter vencido no 1º turno em Simone (4,16%) e em Ciro (3,04%), que somam 7,20% dos votos. 

Isto é fundamental ser dito agora, e compreendido imediatamente, pois alguns analistas políticos já os adjetivaram como linha auxiliar de Bolsonaro. Mas, ao contrário, suas candidaturas, por si mesmas, são expressão desse Brasil profundo que emergiu! Eles serão importantes arquitetos da vitória democrática se ainda for possível!

Para muitos, travou-se uma luta épica entre o bem e o mal: entre Lula (48,43%) e Bolsonaro (43,20%), dependendo do ângulo em que o observador se poste. Mas esta visão também está errada por toldar e obscurecer o nosso pensamento.

Então, mãos à obra, caros amigos democratas, pois o tempo é curto!

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sábado, 1 de outubro de 2022

As Forças Armadas estão com a Democracia, com a Lei, com a Ordem e com a Constituição

As Forças Armadas não apoiarão o golpe que Bolsonaro ameaça dar. A matéria do Estadão, assinada por Felipe Frazão, de 30/09/22, sexta-feira, deixa claro o compromisso institucional do Exército (*).

Bolsonaro, desde o início do seu governo, ameaça à nação com um golpe. Isto tem gerado apreensões legítimas. E, na antevéspera das eleições, muitos cidadãos, com o dedo no nariz, pois não esquecem os crimes que Lula cometeu, chegaram a declarar voto nele no primeiro turno para exorcizar o golpe.

Mas, até agora apenas a candidatura de Lula se beneficiou do blefe do golpe que o Bozo quer dar. 


Muitos brasileiros se deixaram capturar pela tese de votar em Lula, o mal menor, já no 1º turno, para exorcizar o golpe que o Bozo, o mal maior, ameaça dar; ou para não deixar que se prolongue por mais um turno essa apreensão. 

Estão errados, pois deixam com isso de votar no 1º turno no seu candidato preferido.


Conclamo a todos os prezados amigos a votarem no 1º turno no seu candidato preferido, seja ele Simone, Ciro, D’Ávila, Soraya, etc. Eles precisam do seu voto para continuar a luta por seus projetos. 

Merecem o nosso voto e não podemos abandoná-los agora!

Eu, em particular, votarei em Simone Tebet, pois tenho a convicção de que é a melhor candidata, e de que, se ela for ao 2º turno, será eleita a próxima presidente do Brasil. Dirão: “mas isto é pouco provável”! Respondo: “gosto de lutar por sonhos difíceis quando estou convencido de que eles são justos!”

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sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Lula: o único beneficiário do blefe do golpe que o Bozo ameaça dar mas não tem força para dar!

Chegou a hora de votar. Dirijo-me a dois tipos de democratas:
  1. Aos que talvez votem em Lula no 1º turno, embora com o dedo no nariz, pois consideram o Bozo o mal maior, para exorcizar o golpe que ele ameaça dar, ou para não deixar que se prolongue por mais um turno essa apreensão;
  2. Aos que talvez votem no Bozo, embora com o dedo no nariz, porque consideram o Lula o mal maior, e que acreditam que as ameaças à democracia sejam mero blefe.
Não discutirei, neste momento, com as pesquisas: elas apontam para a vitória de Lula sobre o Bozo nos 1º e 2º turnos.


Pessoalmente, defendo que o Bozo não tem apoio nem força interna ou internacional para dar o Golpe que quer dar. São muitos os argumentos que alimentam esta convicção, os quais tenho trazido aos caros amigos nos últimos meses (*). Não cabe repetí-los. Aguardemos uns poucos dias!


Mas um deles é central: o de que os apoiadores de Lula vêm trabalhando com a estratégia de maximizar o medo ao golpe para que votemos nele no 1º turno ou para nos induzir ao voto útil.

Ontem no debate da Globo em nenhum momento Lula nos chamou à defesa da democracia! A razão, de acordo com minha opinião, é porque eles sabem que existe uma mínima possibilidade de uma aventura golpista por parte do Bozo!

Por isso, caros amigos, conclamo a todos, os que votariam no Lula ou no Bozo com o dedo no nariz, para que cada um vote no candidato de sua preferência no 1º turno! Com isso estaremos garantindo o fortalecimento dos políticos e das visões programáticas com as quais mais nos alinhamos! 

Comecemos, agora, a construir o futuro de que necessitamos! O contrário disso não será bom para a democracia!

Isto significa que cada um vote em seu candidato, seja ele a Simone, o Ciro, o D’Ávilla, a Soraya, etc. 

Bem, o 2º turno será outra eleição!

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Em luta contra os fantasmas que nos assombram!

O Brasil precisa ser pacificado.

Parece que, na política, cultuamos o cinismo e a mentira, e que gostamos disso! Os dois candidatos colocados em primeiro lugar nas pesquisas o fazem com uma desfaçatez que parecem acreditar em suas próprias mentiras. Deram um show no último debate dos candidatos presidenciais promovido pela Globo no dia 30/09/22. O pior é que convencem aos seus seguidores mais radicais.


E, pior ainda, suas concepções são alimentadas por fantasmas ideológicos que nos empurram para uma luta fratricida. Os fantasmas do fascismo e do comunismo movem fanáticos, mas não são reais. A nossa luta não é entre a esquerda e a direita, mas muitos acreditam nisso!  

O lulopetismo e o bolsonarismo são os representantes deste mundo fantasmagórico do passado, mas muitos acreditam neles!

O que nos divide, realmente, é a luta entre o desenvolvimento da democracia e as forças do atraso que o bloqueiam. Nossa luta é para erradicar a pobreza e a miséria, e para liberar as forças da prosperidade e do progresso. 

O nosso inimigo é o populismo, o patrimonialismo e as forças que cultuam o assalto ao estado, não importa a sua cor ideológica!

Precisamos restabelecer a confiança nos políticos, na política e na democracia.

Por isso, votarei em Simone Tebet para Presidente! É a mais preparada por sua modernidade, e por sua competência, decência e seriedade. Mas, porque, sobretudo, nela se pode confiar!

(Ah…, sobre o debate da Globo, Simone, como nos anteriores, da BAND e do SBT, também foi a melhor; simplesmente, por sua postura séria, equilibrada e confiável!)

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

A EMERGÊNCIA DA SABEDORIA DO ELEITOR E DO BRASIL PROFUNDO

Estamos a quatro dias das eleições. Hoje, 29/09/22, se dará o debate dos candidatos a Presidente na Globo. Até o dia da eleição, 2/10/22, domingo, o protagonista principal será o eleitor, que é a matéria e a substância da democracia. 

O que entrará em cena será a inteligência do eleitor e a sua sabedoria, regada com o fertilizante de seus projetos, sentimentos e sonhos sobre o que deseja de melhor para os seus, para a sua família, para a sua cidade e para o seu país.

Na democracia o que vale é a vontade soberana da maioria. Este é o seu pacto social, político e institucional fundamental! E somos um país privilegiado por termos o sistema de votação e apuração de votos mais eficiente e moderno dentre todos os países democráticos do planeta. Teremos eleições limpas, protegidas contra fraudes e, mais, com resultados auditáveis!


SURGE UM FATO NOVO: SE SIMONE TEBET CHEGAR AO 2º TURNO SERÁ ELEITA A PRÓXIMA PRESIDENTE DA REPÚBLICA!

Muitos, ao se colocarem diante deste fato pela primeira vez, ficam céticos. Mas, logo, ao examinarem que o 2º turno é uma nova eleição com apenas dois candidatos, e que os dois candidatos da polarização Lula x Bolsonaro gozam de imensas rejeições, percebem que todos os que rejeitam a um ou a outro se realinharão para votar em Simone Tebet! O inevitável realinhamento que se dará elegerá o novo Presidente.

MAS SIMONE SE ELEGERÁ APENAS COM OS VOTOS DA REJEIÇÃO?

Não! Um absoluto e redondo não!

Ela se elegerá por suas qualidades que a fizeram receber as melhores avaliações nos dois debates anteriores, os das TV’s BANDEIRANTES e SBT. Como uma atleta que se dirige para a prova final das olimpíadas, será a provável vencedora no debate de hoje na Globo, pois foi a que venceu as provas anteriores!

O que se pode dizer, especificamente, sobre a Senadora Simone Tebet? Que está preparada para o cargo de presidente, e junta os atributos indispensáveis de competência, equilíbrio e decência que tanto parece estarem em falta na política brasileira!

O eleitor, já cansado da polarização lulopetismo x bolsonarismo, que opõe os brasileiros em uma luta fratricida, do nós contra eles, deseja paz, para viver, para trabalhar e para criar a sua família em segurança! Tebet, na sua condição, inclusive de mulher, lhes traz isso, e por isso o eleitor votará nela para Presidente!

E EMERGE O BRASIL PROFUNDO, POR VEZES NÃO ENTENDIDO, MAS QUE TORNOU-SE A NOVA REALIDADE!

Este Brasil passou a ser a nova realidade! E Será com essa mulher, do Mato Grosso do Sul, que o Brasil retomará o caminho da esperança!

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

AOS CAROS AMIGOS ESPERANÇOSOS DE LUTA

Porque Simone Tebet será eleita Presidente se for ao 2º turno com Lula?


Seguirei com minha decisão de votar em Simone Tebet por julgar ser a melhor alternância de poder para o Brasil. Ela representa, para mim, uma necessária despolarização baseada na competência, no equilíbrio e na decência.

E por trazer a maior expectativa e esperança para que a família brasileira possa realizar, em paz, os seus melhores projetos de prosperidade e felicidade.

Entretanto, temos que reconhecer que as reiteradas ameaças de Bolsonaro à democracia, e de não respeitar a vontade livre e manifesta dos eleitores, caso o resultado das urnas lhe sejam desfavoráveis, foi levado à sério por vastos contingentes de opinião. 

E isso tem sido explicitado em diferentes manifestos, em defesa da democracia, de numerosos setores, representando cidadãos, profissionais e corporações os mais influentes!

Em consequência, as pesquisas eleitorais apontam para a vitória de Lula, que poderá dar-se até no 1º turno, para exorcizar mais rapidamente o golpe que Bolsonaro ameaça dar. E, apontam que Bolsonaro também perderá se a eleição for para o 2º turno.

Bolsonaro não tem mais qualquer chance de ser eleito pela expressão do voto democrático em eleições limpas, tais como são garantidos pelo nosso processo de votação e apuração eletrônica de votos.

Na prática, está quebrada a polarização lulopetismo x bolsonarismo, se posta nos termos das instituições democráticas, pois Bolsonaro não tem mais qualquer chance de vencer nas urnas.

Mas muitos dos seus eleitores, radicalizados, estão prontos a levá-lo à derrota nas urnas e, ainda, temos que reconhecer, muitos deles estão dispostos a apoia-lo em ações antidemocráticas! 

Portanto, resta a dúvida se ele teria força de vencer anti-institucionalmente, promovendo um golpe de Estado.

A resposta que daremos a esta questão é sumamente importante para a nossa decisão de voto! Precisaríamos, ainda, continuar prisioneiros da polarização? E dar a vitória a um dos seus polos, Lula, para nos livrarmos do outro?


Defendo que não, baseado em duas convicções:

BOLSONARO NÃO TEM FORÇA PARA DAR O GOLPE QUE QUER DAR

Não terá apoio das instituições democráticas, da maioria da população e das Forças Armadas; e estaria totalmente isolado da comunidade internacional das nações

SIMONE TEBET SERÁ ELEITA PRESIDENTE DA REPÚBLICA SE FOR AO 2º TURNO COM LULA

Simone Tebet, no 2º turno passaria a receber o voto dos que votariam em Lula ou em Bolsonaro com o dedo no nariz para livrar-se do outro, que julgam o mal maior. Além disso, como o 2º turno é outra eleição com apenas dois candidatos, a imensa rejeição de Lula, de quase 40%, determinaria a sua derrota com o inevitável realinhamento de forças que se processaria.

Em síntese, dirijo-me aos democratas que até o momento final buscam as melhores saídas para o Brasil e que, portanto, não estão querendo votar com medo ou, apenas, no favorito.

Conclamo a todos os que estão convencidos de que Simone é a melhor opção a saírem em campo para levá-la ao 2º turno e, depois, elegê-la Presidente do Brasil!