Tebet decidiu aceitar a pasta de Planejamento.
Todos os que votamos e acreditamos nela lhe desejamos sucesso porque lhe queremos bem e torcemos pelo Brasil.
Mas, ao tomar essa decisão assume o compromisso tácito de não ser candidata a Presidente em 2026. A razão é simples: por um lado, Lula tem o direito constitucional à reeleição; e, caso não o queira, dificilmente o PT abrirá mão de lançar candidato próprio, como, p.ex., Fernando Haddad ou Wellington Dias.
Registro, entretanto, que este é o delineamento mais provável. A política gosta de nos pregar surpresas, e, claro, ainda manterei a esperança de que o Brasil moderno, que anseia por nascer, tenha em Simone uma de suas principais protagonistas.
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Por que julgo mais provável que Simone não vá ser candidata em 2026?
1. Porque a ida para o ministério corresponde a um empenho pelo sucesso do governo Lula; não cabe a hipótese de ela ser uma estranha no ninho e o de percorrer um caminho autônomo que lhe permita, ao mesmo tempo, participar do governo e apresentar-se como candidata a Presidente em oposição ao candidato que, CERTAMENTE, o PT apresentará;
2. As diferenças de opinião terão que ser arbitradas e resolvidas harmoniosa e organicamente, particularmente as com Haddad, que é o ministro forte; caso contrário ela será fritada sem dó nem piedade;
3. Simone não é “Maria vai com as outras”; aí está um potencial de conflito; tudo irá depender de se Lula a apoiará e de se o MDB a bancará;
4. Estão errados, com todo o respeito, os que pensem que será fácil para ela romper, mais adiante, para sair candidata; isso somente seria possível se ela sair do governo, ao mesmo tempo, como vencedora de um debate público e como injustiçada e perseguida; isso poderá acontecer, mas julgo pouco provável; se houver conflito insanável, o mais provável é que ela seja expelida em meio a um processo de fritura para marca-la como incompetente ou traidora; já conhecemos este filme.
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