quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Precisamos de salvadores?

Não se trata apenas de que nós, os brasileiros, mereçamos mais! Trata-se de não errarmos mais, para construir o futuro desejado, necessário e possível!

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Rumo ao juízo do TRF-4

No dia 24/01 próximo, quarta-feira, Lula será julgado no TRF-4. Ele já está condenado em 1ª instância, como consequência de um processo legal em que todas as prerrogativas estabelecidas na Constituição e no princípio jurídico do devido processo legal foram respeitadas.


Entretanto, Lula e o PT tentam transformar esse julgamento em processo político. Estão sendo feitas pressões inadmissíveis sobre os juízes que o julgarão, para intimida-los, e muitas outras estão já programadas para o dia do julgamento.

Mais do que nunca é necessário que a cidadania se mobilize para garantir a independência, tranquilidade e integridade física desses juízes, para que possam bem cumprir o seu dever.

Não queremos que um inocente seja condenado, mas não admitimos que um criminoso seja inocentado!

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Luciano Huck: No rumo

Íntegra da carta de desistência de
Luciano Huck (*) à candidatura
de Presidente da República

Folha de S.Paulo, Opinião, 27/11/2017 (**)


Como Ulisses em "A Odisseia", nos últimos meses estive amarrado ao mastro, tentando escapar da sedução das sereias, cantando a pulmões plenos e por todos os lados, inclusive dentro de mim.

A tripulação, com seus ouvidos devidamente tapados com cera, esforçando-se em não deixar que eu me deixasse levar pelos sons dos chamados quase irresistíveis. São meus amores incondicionais. Meus pais, minha mulher, meus filhos, meus familiares e os amigos próximos que me querem bem.

Eles são unânimes: é fundamental o movimento de sair da proteção e do conforto das selfies no Instagram para somar forças na necessária renovação política brasileira. Mas daí a postular a candidatura a presidente da República há uma distância maior que os oceanos da jornada de Ulisses.

Há algum tempo me vejo diante desta pergunta: qual foi exatamente a trajetória, o fato e até mesmo o momento em que meu nome foi lançado entre os possíveis candidatos à Presidência do Brasil?

Eu mesmo demorei um pouco para encontrar a resposta. Mas depois de alguma reflexão, ela veio e me pareceu muito clara: minha exposição pública e, espero, meu jeito, minhas características, minha personalidade e a forma como vejo o mundo. As mesmas forças que me movem desde sempre me levaram a esse lugar.

Explicando em outras palavras, entre as centenas de defeitos que carrego, talvez eu tenha uma única virtude: carrego desde sempre, genuinamente, enorme paixão e curiosidade pelo outro.


Gosto muito de gente. Sempre gostei. De todo tipo, origem, tamanho, cor, posição na pirâmide. É só olhar para o que faço profissionalmente há mais de duas décadas. Não paro de procurar pelo diferente. E não falo de um olhar distante, acadêmico, teórico. Falo de andanças intermináveis por todos os quadrantes do Brasil e por vários do mundo atrás daquilo que não conheço. Ando há anos e anos por lugares ricos, paupérrimos, super ou subdesenvolvidos, em guerra, centros moderníssimos de saber, cantos absolutamente esquecidos pelo desenvolvimento. Sempre atrás da mesma coisa: gente boa.

E a sensação de "intimidade" que meus mais de 20 anos de televisão provocam nas pessoas possibilita conversas instantaneamente francas e verdadeiras.

Esse dia a dia me permitiu construir uma visão muito própria e ampla dos recortes, curvas e reentrâncias do país. Sinto na pele o pulso das ruas.

E foi essa permanente "bateção de perna", sempre " in loco", que me tirou definitivamente da zona de conforto e me fez ver: O Brasil está sofrendo demais —especialmente os mais pobres, mas não apenas eles— para ficarmos passivos e reféns deste sistema político velho e corrupto. O que está aí jamais será empático, perceberá e muito menos traduzirá as reais necessidades da gente. Da nossa gente.

Vendo meu nome apontado, é muito importante frisar sempre, sem ter levantado a mão ou me oferecido para concorrer ao cargo mais importante na governança do país, minha reação natural foi tentar entender melhor do que se tratava. Gosto de aprender, de saber o que não sei e penso que cultivo um bom hábito desde muito cedo: tentar descobrir e encontrar quem sabe.

De forma intuitiva e quase caseira, fui procurando referências em pessoas que se dedicam de forma mais intensa a entender o Brasil; o sofrimento, as dificuldades e, principalmente, as soluções.

Acho também que sou meio obsessivo por fazer as coisas direito. Por isso, saí buscando e principalmente ouvindo dezenas de pessoas que admiro, que considero inteligentes, sensíveis, maduras e capacitadas, para que elas compartilhassem comigo suas visões. Foram meses que produziram em mim uma pequena revolução, um aprendizado enorme.

Tantas ideias, tanta gente interessada, brilhante e altamente capacitada, disposta a colocar energia a favor de uma transformação definitiva: De um país à deriva em uma nação de verdade, que possa de uma vez por todas refletir a qualidade indiscutível do seu povo.

Aqui é importante pontuar uma constatação que logo apontou no meu radar e que há tempos ecoa nele de maneira incômoda. Minha geração está trabalhando e inovando com vigor em muitas frentes. Há milhares de notáveis empreendedores, profissionais liberais, atletas, executivos, artistas, intelectuais, pensadores e por aí vai. Mas pela política, ela tem feito pouco.

Tenho dito sempre algo que me parece muito evidente, quase óbvio, mas assim mesmo um alerta necessário: se não nos aproximarmos de fato da política, se seguirmos negando esse universo e refratários ao seu ambiente, ele definitivamente não se reinventará por um passe de mágica.

Dito isso, sigo acreditando que o melhor caminho passa obrigatoriamente pelos movimentos cívicos, pela abertura de espaço na mídia para novas lideranças, por uma escuta dos anseios das pessoas, por reformas estruturais, muitas delas doloridas, por políticas públicas afetivas e efetivas, por políticas econômicas modernas e eficazes, pela educação levada a sério, pela saúde tratada com respeito, por tecnologia que alavanque as boas ideias e pela total transparência dos gastos públicos. Por menos politicagem e por mais e melhor representatividade. A lista é grande.

O momento de total frustração com a classe política e com as opções que se apresentam no panorama sucessório levou o meu nome a um lugar central na discussão sobre a cadeira mais importante na condução do país.

É claro que isso me trouxe a sensação boa de que uma parte razoável da população entende o que sou e faço como algo positivo. Evidente também que junto vieram uma pressão muito pesada e questionamentos de todos os tipos.

Já disse e escrevi antes, aqui neste mesmo espaço, mas tenho hoje uma convicção ainda mais vívida e forte de que serei muito mais útil e potente para ajudar meu país e o nosso povo a se mover para um lugar mais digno, ocupando outras posições no front nacional, não só fazendo aquilo que já faço mas ampliando meu raio de ação ainda mais.

Com a mesma certeza de que neste momento não vou pleitear espaço nesta eleição para a Presidência da República, quero registrar que vou continuar, modesta e firmemente, tentando contribuir de maneira ativa para melhorar o país. Vou bem além da voz amplificada enormemente pela televisão que amo fazer, do eco monumental das redes sociais que aprendi a tecer, do instituto que fundei há quase 15 anos e de todos os meios que o carinho das pessoas me proporcionou.

Vou também direcionar toda a energia de que disponho para outra coisa que acredito saber fazer: agregar.

Agregar as mentes sábias que fui encontrando em diferentes camadas da sociedade, dentro e fora do Brasil, pessoas extremamente capazes e dispostas de fato a conjugar o verbo servir no tempo e no sentido corretos. Vou trabalhar efetivamente para estruturar e me juntar a grupos que assumam a missão de ir fundo na elaboração de um pensamento e principalmente de um projeto de país para o Brasil.

E, para isso, não são necessários partidos, cargos, nem eleições.

Essa intenção já esta viva através dos movimentos cívicos dos quais me aproximei com bastante interesse e intensidade. E de outras iniciativas que estão por vir.

Quero registrar de novo que entre as percepções que confirmei nesses últimos meses está a convicção de que não há nada mais importante do que tomarmos consciência da importância da política e de que precisamos nos mover concretamente na direção da atuação incisiva, para que não sejamos mais vítimas passivas e manobráveis de gente desonesta, sem caráter, despreparada e incapaz de entender o conceito básico da interdependência ou de pensar no coletivo.

A hora é de trabalhar por soluções coletivas inteligentes e inovadoras para o país, e não de focar o próprio umbigo ou de alimentar polêmicas pueris e gritas sem sentido.

Quem se interessa pelo que sou e faço pode acreditar: vou atuar cada vez mais, sempre de acordo com minhas crenças, em especial com a fé enorme que tenho neste país.

Contem comigo. Mas não como candidato a presidente.

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(*) Luciano Huck é apresentador de TV e empresário

sábado, 25 de novembro de 2017

Huck, um predador ambiental?

Huck tem sido apontado como possível candidato a presidente da república. Não se sabe ainda o que ele proporá, em termos programáticos, para enfrentar os mais candentes problemas brasileiros. Os que o incentivam, e que o conhecem melhor, talvez saibam. Mas essas propostas ainda não foram explicitadas para a nação.

As razões mais visíveis e analisadas para considerar a candidatura de Huck estão essencialmente relacionadas ao fato de que ele teria o potencial de ser bom de voto no primeiro turno. E é isto, a questão eleitoral, o que mais interessa aos candidatos a mandatos parlamentares em 2018. Para estes, e particularmente para um certo tipo de políticos, isso é mais importante do que as suas propostas para o Brasil. O resto é especulação.


Portanto, pela impossibilidade, no momento, de considerar as suas idéias para governar o país, a sua candidatura, politicamente de centro, está sendo apresentada como uma nova alternativa para salvar o país dos riscos populista e autoritário representados pelas candidaturas polares Lula e Bolsonaro. 

Apesar disso, o seu nome não pode mais deixar de ser considerado e discutido, até mesmo porque as pesquisas já destacam o seu nome. Apresento neste texto um testemunho pessoal sobre Huck, que não é favorável a ele. Mas faço-o com a intenção de abrir o debate sobre se essa candidatura passaria pelo filtro ético indispensável, e se, posta nestes termos, ao contrário do que se pensa, ela não seria mais do que uma ilusão salvacionista, e baseada no desespero de políticos que buscam apenas a sua sobrevivência eleitoral.

A questão: relato experiência pessoal da qual me ficou a impressão de que Huck não zela pelo cumprimento das normas ambientais quando na condução dos seus empreendimentos empresariais e pessoais.

Parto da premissa de que não podemos ser condescendentes com ilicitudes; em particular, se praticadas por um cidadão que se proponha a ser presidente da república. Não podemos ficar afastando presidentes depois que a sua máscara cai, pois o custo para o país é imenso, como está sendo o custo Dilma-Temer. Todos sabemos ser imprescindível acabar com a impunidade dos poderosos para que o Brasil possa superar a sua crise. E julgo que é exatamente antes das eleições que as explicações devem ser dadas. E isso devemos exigir de todos os candidatos.

Fernando de Noronha

A possível candidatura de Huck me trouxe à lembrança um primeiro momento em que sua ação pública me incomodou de fato. Foi em novembro de 2004.

Eu e minha mulher cultivamos o hábito de andar e caminhar, de estar ao ar livre e na natureza. Já estivemos em todos os estados de nosso país à excessão do Amapá, que visitaremos brevemente. Pois bem, estávamos em Fernando de Noronha, em viajem de sonhos, e caminhamos a pé, de praia em praia, sendo que algumas são consideradas as mais belas do mundo.

A legislação ambiental e as regras de manejo e circulação na ilha são rígidas e você para chegar lá tem que inscrever-se para que o número de visitantes não ultrapasse o limite. Você se hospeda em pequenas pousadas, a principal fonte de renda interna dos habitantes da ilha. Quando você chega lá, é praticamente alocado em uma dessas pousadas, sem que tenha muita opção de escolha.

Pois bem, estávamos em uma dada praia onde se podia observar as tartarugas do Projeto Tamar e nos deparemos com um hotel cinco estrelas, o único que existia na ilha, neste padrão, naquele ano. Logo o guia nos informou que o seu proprietário era o Huck. Nesta ocasião eu pouco mais sabia sobre ele de que era o marido da Angélica, e de que tinha um programa de auditório na TV que eu só vira ocasionalmente.

Mas eu e minha mulher, adeptos da causa ambiental, ficamos indignados. As razões: aquele empreendimento destoava de todas as regras que valiam, com rigidez, para todos os demais habitantes da ilha e que eram informadas em entusiásticas aulas temáticas, que são proferidas para todos os visitantes logo ao chegar (e existe uma incrivelmente bem programada série de documentários temáticos, com debates, conduzidas por jovens e preparados ambientalistas); logo nos perguntamos, pois foi inevitável, como fora possível transgredir o código de posturas da ilha, como fora aprovado o projeto do prédio de vários andares e do hotel, como obtivera a concessão do imenso terreno, como obtivera o alvará de construção, como obtivera o habite-se? Teriam sido respeitadas todas as normas ambientais? Como ele obtivera todos esses privilégios?

Essa foi a primeira vez que tive desconforto com a ação pública de Huck. Agora, esse desconforto continua, ao saber que, em mais um empreendimento de interesse pessoal, em Angra dos Reis, ele  estaria, novamente, desrespeitando as normas ambientais. 

Certamente os que o defendem se apressarão em trazer as explicações necessárias para esses fatos. Espero que sejam convincentes, não apenas convenientes, pois partirão de quem está disposto a torná-lo presidente da república.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Em 2018 eleja Lula, Bolsonaro ou Huck, ou...

Marilene de Freitas (*)


Em 2018, eleja o Lula ou algum poste que ele indicar e ganhe um Maduro como presidente, com um exército de progressistas de butique cheios de sangue nos olhos, cifrões no lugar de cérebro, rancorosos, antidemocráticos e com uma fome centuplicada de poder.

Em 2018, eleja o Bolsonaro e ganhe um Trump tupiniquim como presidente, com um exército de conservadores cheios de sangue nos olhos, visão de mundo boçal, antidemocráticos, cifrões no lugar de cérebro e gula de poder.

Em 2018, eleja o Huck e ganhe um animador de auditório como presidente, que vai te iludir com uns Programas Lata Velha e Caldeirão de descultura enquanto multiplica os cofres de ricos e poderosos, libera os amigos para construírem em áreas de preservação ambiental e se apropriarem de praias públicas, como ele faz. Um cara que tem vaidade de poder...

Ou...

Preste bastante atenção em todas as opções que surgirem, tire os olhos do próprio umbigo, pense em todo o lamaçal em que o Brasil está atolado, no quanto de contribuição você (e cada um de nós) deu para isso acontecer, pense no que é bom não só para você e a sua turma, mas para todos; pense que se você não se sente seguro na sua bela casa, no seu carrão, na sua rua, na sua cidade, isso tem a ver com um país extremamente desigual, péssima qualidade na educação (básica, principalmente), falta de saneamento básico, assistência de saúde precária, falta de perspectivas de futuro, falta de esperança, e que nossos políticos, até hoje, nunca buscaram soluções efetivas para isso tudo, pelo contrário, aprofundam nossas mazelas.

Se quiser, pense na Suécia, só não esqueça que o Brasil é imensamente maior e mais complexo do que aquele país e que, portanto, aqui as soluções não são tão fáceis, requerem muita boa vontade política e do povo, determinação e participação cidadã de todos.

Pense nisso tudo e muito mais e, em 2018, tente votar com todos os neurônios do seu cérebro. E deixe o coração, o estômago, o umbigo e o bolso em casa, bem trancados.

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(*) Jornalista

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Nadando contra a corrente da história

Segovia foi escolhido para liquidar com a Lava-Jato e confrontar com o MPF. Perderá as duas batalhas! Ele nada contra a corrente da história!


Respeito aos amigos que acham que os acontecimentos políticos já estejam escritos nas estrelas. Respeito, mas discordo!

Alimento-me da ideia elementar, com a qual construímos nossas vidas, e o conforto e a segurança de nossas famílias. Esta ideia é simples: sabemos que com organização, trabalho e luta, muita luta, podemos construir um futuro melhor. Claro, sabemos, também, que não podemos fazer tudo o que gostaríamos, mas acreditamos na persistência e lutamos contra os azares da vida!

O agricultor nasce sabendo que para colher ele tem que plantar. Nem sempre ele obtém a safra desejada, mas prossegue, trabalhando e lutando. É a chamada lei da fazenda, que vale para todos os setores da vida social!

Por isso, defino-me como um esperançoso de luta. Acho que todos somos, pois viver é isso!

Pois bem, acho que estamos vivendo em uma corrente histórica virtuosa! O patrimonialismo e o assalto ao Estado feito pelos donos do poder sempre existiu em nosso país! Mas vivemos outros tempos.

O quadro mudou, talvez porque a roubalheira tenha se exacerbado nos últimos 15 anos. Mas acho que a melhor explicação é que as novas gerações de PF’s, procuradores e juízes, concursados, filhos da Constituição de 1988, e os novos recursos tecnológicos e eficácia no combate à corrupção, inclusive internacionalmente, fez com que esses jovens assumissem combater a impunidade como a missão profissional central de suas vidas.

Segovia perderá a primeira batalha para os seus próprios pares; a segunda, para os procuradores. Ambas as instituições, a PF e o MPF, orgulham-se do papel histórico que têm tido, com a Lava-Jato, e na luta contra a impunidade!

Finalmente, a opinião pública e a sociedade não aceitarão que um aventureiro qualquer, de ocasião, bloqueie com meros golpes administrativos a indispensável luta contra a corrupção e para acabar com a impunidade dos crimes de colarinho branco!

A corrupção e os seus efeitos destrutivos em termos sociais, econômicos e da moralidade pública tornou-se o inimigo público número um do Brasil.

Nem Temer e os seus ministros bandidos, nem os Renans, Aécios e Gleisis, e Lulas, conseguirão inverter o sentido dessa corrente!

domingo, 19 de novembro de 2017

Renan Calheiros condenado

Juiz de 1ª instância condena Renan Calheiros a perder o mandato e direitos políticos (*)
Matéria:  Eduardo Militão,  UOL notícias Política, em 17/11/2017

Reproduzo aqui, pela relevância, matéria sobre a condenação de Renan Calheiros, a sua primeira. Foi uma condenação por um juiz de 1ª instância. Seu nome é Waldemar Carvalho, titular da 14a Vara Federal de Brasília. Aparentemente, apenas estes têm coragem de enfrentar os bandidos de colarinho branco, tal como Sergio Moro o faz em Curitiba.


Renan Calheiros (PMDB-AL) é um dos mais perniciosos bandidos que habitam o legislativo brasileiro, sendo um dos que usa com mais habilidade das imunidades parlamentares para cometer seus crimes comuns. Foi o líder do blefe da crise institucional, no qual caiu o STF, matizando a imagem pública de sua presidente, a ministra Cármen Lúcia. Com isso, agora, os bandidos, que fizeram das Casas Legislativas a sua morada principal, obtiveram uma ampliação de suas prerrogativas. Agora, os parlamentares flagrados no cometimento de crimes comuns não precisam mais cumprir as decisões judiciais cautelares emanadas dos tribunais. Ou seja, só cumprem se as casas legislativas às quais pertencem assim quiserem.

Os casos Aécio Neves e Jorge Picciani são apenas os mais relevantes e graves, mas o mesmo já começou a acontecer em outras Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais espalhadas pelo país. E acontecerão em grande número, pois são muitos os bandidos-parlamentares. E como os bandidos de todos os tipos sabem que é sendo eleito que poderão roubar em paz, é de se supor que aumentará o número dos que disputarão mandatos em 2018.

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