Viver tem riscos em um mundo de conflitos e
incertezas, mas isso jamais condenou os indivíduos a uma existência sem
significados. Ao contrário, mesmo diante das maiores provações, sonham com uma
vida mais feliz, renovam suas esperanças e pensam em como mudar sua sorte. Por
isso, os indivíduos, se desejam construir um futuro melhor, sabem que têm a
possibilidade de transformar, com suas ações, sonhos e esperanças em realidade.
Para um indivíduo, frente a um problema ou a uma
oportunidade, decidir é a arte de escolher a alternativa de ação que julgue lhe
abrir a melhor perspectiva de futuro. Porém, esse futuro jamais decorrerá
apenas de sua vontade; outras forças, com as quais interage e em relação às
quais se move, influirão com maior ou menor importância sobre o que acontecerá.
Por isso, neste trabalho, diz-se que um indivíduo toma uma decisão interativa
quando as consequências dessa decisão resultam de suas interações com outras
forças no ambiente em que é executada.
O indivíduo integra um ambiente indivisível, que
será observado sob dois aspectos, o ambiente social e o ambiente natural. Ele é
uma das forças ambientais e, para os fins dessa análise, ambiente é onde o
indivíduo age e interage continuamente com outras forças sociais e naturais,
modificando-o para alcançar os seus objetivos e suprir suas necessidades.
O Conceito de Interação
Central, neste trabalho, é o conceito de interação.
Define-se interação como um tipo de ação que ocorre quando dois ou mais objetos
têm efeito um sobre o outro. A ideia de um efeito em duplo sentido é essencial
no conceito de interação, e se diferencia de um efeito causal com um único
sentido. Combinações de muitas interações simples podem conduzir a
surpreendentes fenômenos emergentes.
Em sociologia, interação social é uma sequência
dinâmica e mutável de ações sociais entre indivíduos (ou grupos) que modificam
suas ações e reações devido à interação entre as partes. Em física, uma
interação refere-se especificamente à ação de um objeto físico sobre o outro, e
resulta nas forças de interação que descrevem os fenômenos da natureza.
O Indivíduo no Ambiente
Um indivíduo, aqui, é definido como uma entidade unitária de decisão com objetivos e preferências. Esta definição vale para uma pessoa, mas também para um grupo social organizado que desenvolva ações unitárias após as suas decisões. O processo decisório será observado na perspectiva de um indivíduo com o papel de tomador de decisões focal, seja ele uma pessoa ou uma organização, diferenciando-o dos outros indivíduos com os quais possa estar interagindo.
A cada ação do tomador de decisões focal correspondem reações de outras forças presentes no ambiente social e natural onde é executada.
1. No ambiente social, cada ação intencional do tomador de decisões focal provoca reações de outras forças sociais. Essas interações sociais podem ser estratégicas ou impessoais:
Um indivíduo, aqui, é definido como uma entidade unitária de decisão com objetivos e preferências. Esta definição vale para uma pessoa, mas também para um grupo social organizado que desenvolva ações unitárias após as suas decisões. O processo decisório será observado na perspectiva de um indivíduo com o papel de tomador de decisões focal, seja ele uma pessoa ou uma organização, diferenciando-o dos outros indivíduos com os quais possa estar interagindo.
A cada ação do tomador de decisões focal correspondem reações de outras forças presentes no ambiente social e natural onde é executada.
1. No ambiente social, cada ação intencional do tomador de decisões focal provoca reações de outras forças sociais. Essas interações sociais podem ser estratégicas ou impessoais:
- Em uma interação estratégica, o tomador de decisões precisa pensar sobre qual poderia ser a resposta de outro indivíduo, que também está pensando sobre o que ele estaria pensando e poderia fazer; neste caso, o tomador de decisões focal e o outro indivíduo estão jogando ou negociando se ambos participam mútua e conscientemente dessa interação (Dixit, 2004).
- Em uma interação impessoal, o tomador de decisões focal precisa pensar antes de agir sobre qual poderia ser a resposta de outra força social, para a qual, entretanto, a sua análise e a sua subsequente ação pouco importa. Exemplos de interações impessoais: ações de um indivíduo tendo como resposta sentenças impessoais de um juiz ou de uma autoridade estatal; ações de uma pequena empresa cujas consequências possam ser afetadas por decisões e ações impessoais em relação a ela do governo ou de uma grande empresa; esforços de vendas da empresa focal que são afetadas por respostas impessoais de indivíduos agregados, como a demanda de mercado por um produto.
2.
No
ambiente natural, cada ação intencional do tomador de decisões focal provoca
reações de outras forças naturais. Essas interações são impessoais porque as
reações da natureza, regidas por suas leis, não são controladas por ninguém,
algum ser sensitivo que pudesse estar pensando sobre o que ele estaria pensando
e poderia fazer; mas o tomador de decisões precisa pensar sobre essas reações,
que embora não-intencionais não são nada passivas.