quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Como votarão os democratas em 2022?

(Neste texto, declaradamente, não me dirijo à extrema direita nem à extrema esquerda, que defendem ditaduras e não têm apreço pelo Estado Democrático de Direito).


Alguns dizem: quem é de esquerda votará em Lula.

Estranha clivagem, pois se não foi, exatamente, a roubalheira protagonizada pelo PT que levou Lula à cadeia e nos legou Bolsonaro, que é um político de extrema direita?

Então, claro, se o cidadão, em sua consciência, se considera de esquerda, já tem uma decisão automática: votará em Lula. É isso? Considero errado.

Acho que a clivagem política correta é colocar a questão da democracia como o valor fundamental. Se assim pensarmos, precisamos, antes, definir o que seja ser democrata (*).

Democratas são os cidadãos que:
  1. Repudiam todo tipo de ditaduras, sejam elas de esquerda ou de direita;
  2. Somente querem viver em um Estado Democrático de Direito.
Ser democrata, portanto, não é monopólio dos que se situem à esquerda, ao centro ou à direita do espectro político, e não são democratas os que desprezem as condições acima.

Sou um democrata de esquerda, dos milhões que, já, no 2º turno da eleição de 2018 votaram em Haddad com o dedo no nariz para não votar em Bolsonaro, ou votaram branco ou nulo para não votar nem em Bolsonaro nem em Haddad.

Em 2022 votarei, no 1º turno, no candidato da 3ª via que tiver a maior chance de ir ao 2º turno. Se este candidato chegar lá será o próximo presidente contra qualquer oponente.

Por que este candidato, se for ao 2º turno em 2022, deverá vencer? Porque estará vivo de forma decisiva, o voto antipetista junto com o voto antibolsonarista, agora predominante, de milhões de democratas de todos os matizes políticos.

Claro, dentre estes estarão milhões de democratas de esquerda.

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