Bolsonaro está perdendo o embate para os que clamam por democracia, repudiam todo tipo de ditaduras e só querem viver em um Estado Democrático de Direito.
Algumas razões:
(1) por seus próprios erros, ele está perdendo milhões de eleitores; as pesquisas mostram isso;
(2) a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22/04/20 foi um divisor de águas, mostrando, claramente, a sua inabilitação para o cargo;
(3) as manifestações de rua de que participa e incentiva têm um número cada vez menor de participantes, estão ficando ridículas; em que pese sejam frequentes, elas são apenas de militantes radicais, que apoiam uma ditadura militar, e o fechamento do Congresso e do STF; não são expontâneas e são financiadas, como as dos 30 nazistas, com suas tochas, em frente ao STF, as em frente aos quartéis, e as do último domingo (31/05/20), na Av. Paulista, no Rio e em Brasília;
(4) estão na defensiva e aterrorizados devido aos processos judiciais em que estão envolvidos, que terão desdobramentos importantes no STF;
(6) as FFAA não estão dispostas a qualquer aventura autoritária, muito menos com Bolsonaro, pois sabem, melhor que os civis, que ele é desqualificado e trapalhão; por isso, não goza de respeito; sobretudo, porque estão comprometidas com o Estado de Direito;
(7) os democratas começaram a unir-se em movimentos que se desdobrarão no momento oportuno com manifestações pacíficas de milhões na rua: vide o manifesto dos juristas, “Basta”, o movimento amplo representado pelo “Somos Muitos”, o “somos 70%”, etc.
Se existe algo que levará argumentos pro projeto totalitário do Bolsonaro é a gestação de um clima de conflagração nas principais capitais, com quebra-quebra, e até com mortes providenciais.
O mais importante é que só derrotaremos o pensamento dos que querem uma ditadura, pacificamente, com milhões de democratas nas ruas. Eles querem a volta a um regime totalitário, sustentado por milícias, como na Venezuela, com restrições às liberdades, repressão política, cerceamento das liberdades de pensamento, de opinião e de organização política.
Somente manifestações pacíficas e bem organizadas terão o condão de barrar o golpe que Bolsonaro quer dar. Nelas, se aparecerem milícias de qualquer natureza, sejam bolsonaristas ou de torcidas organizadas violentas, terão que ficar “pianinho” diante do caráter cívico que terão.
Definitivamente, não temos, em nada, que agradecer a esses “revolucionários”, que somente estão servindo para deflagrar a violência desejada pelos que já estão com as armas nas mãos!
Sobretudo, não podemos cair na armadilha e na provocação criadas por essas manifestações estimuladas pelo presidente Bolsonaro e pelos seus apoiadores radicais de extrema-direita!
Não devemos nos deixar levar nem nos confundir com a sensação fugaz, mas ilusória, de avaliar como positivos os confrontos que se verificaram no domingo, 31/05, na avenida Paulista! Isto equivaleria a entregar o futuro do projeto democrático, e o nosso futuro, às “revolucionárias torcidas organizadas” e aos seus violentos e infiltrados militantes.
O clima está tenso, é verdade! Mas não vamos perder a calma, não é?
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