segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Eike, o empresário "padrão"

Ontem vi as imagens de Eike Batista, no aeroporto de Nova York (*), um homem que criou uma das maiores bolhas conhecidas, as empresas "X", um conglomerado campeão nacional, artificial, como ele próprio!

Essas empresas foram tratadas midiaticamente para serem orgulho do Brasil e símbolo da era petista. Filho dos "reality show", e das "pós-verdades", como o é Trump, chegou a ser indicado pela revista Forbes como um dos 10 bilionários mais ricos do mundo!


Estava falando ao celular, talvez um dos últimos bens que realmente seja seu, sem assessores, sem acompanhantes, sem amigos, melancolicamente, incógnito, sentado ao lado de cadeiras-de-engraxate vazias, sem clientes, sem engraxates.

Há poucos dias ele era um dos homens mais badalados do Brasil. Amigo íntimo do ex-governador Sergio Cabral, agora preso, e incensado pelos ex-presidentes Lula e Dilma. Tratado a pão-de-ló pelo BNDES, parceiro-cúmplice, e pelos políticos, e pelos próprios empresários!

Uma dolorosa solidão flagrada pelas lentes jornalísticas e, também, certamente, pelos olhos atentos da polícia! Volta para ser processado e preso! A imagem simbólica de um Brasil que começa a ficar para trás, para dar espaço a um outro, que tem pressa para nascer, e que precisa nascer, onde não haja espaço para a impunidade dos crimes de colarinho branco!


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(*) JFK, 29/01/2017.

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