segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

A traição de Bolsonaro a Moro

A última tacada de Maia e Toffoli, em articulação com Bolsonaro, para retirar de Moro poder de influência e capacidade de combater a impunidade é retirar a Segurança Pública da alçada do seu ministério; com isso ficará sacramentada a traição de Bolsonaro aos seus eleitores, que acreditaram e o elegeram acreditando que ele tinha compromisso com o combate à corrupção.


Depois disso Bolsonaro despencará nas pesquisas de popularidade, e submergirá em descrédito na onda de indignação com a sua propaganda enganosa.

De Andrei Meireles (*):

“Em meados do ano passado, um acordão entre Jair Bolsonaro, Dias Toffoli e Rodrigo Maia por muito pouco não conseguiu derrubar Sérgio Moro e barrar os avanços da Lava Jato e de outras grandes investigações sobre corrupção. Em conversas no alto escalão da República nesse final de ano em Brasília, pelo menos três fontes confirmaram que, em setembro, Bolsonaro resolveu demitir Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Só não consumou o ato por causa das ponderações dos generais Augusto Heleno e Luiz Eduardo Ramos, na época com o cacife em alta no Palácio do Planalto.”

Observação. Eu sei que muitos eleitores ou não de Bolsonaro consideram as notícias relacionadas à existência de um “acórdão” entre Bolsonaro, Maia e Toffoli meramente especulativas. Alguns até a consideram intencionalmente “fake”. Mas eu gostaria de dizer que eu não acho, por isso eu as publico. Aliás, essa tese já vem sendo trazida aqui há vários meses. O comportamento dúbio de Bolsonaro em vários momentos durante o primeiro ano de governo como que insistem em comprovar essa tese. Sou dos que consideram que as ilusões - que negam a realidade - são armadilhas da mente muito mais perigosas. Melhor, sempre, é a realidade objetiva dos fatos, mesmo que inicialmente conhecê-los, e reconhecê-los, possa ser muito doloroso.

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