sexta-feira, 29 de julho de 2022

Lutando pelo futuro necessário, desejável e possivel

Tenho um pé bem assentado na realidade. Isto é essencial para andar com firmeza.

Mas o outro pé, o da frente, aponta para onde eu quero chegar. Seres humanos são construtores de futuros desejáveis e possíveis. 


Não luto, no caso da política, como um apostador em corridas de cavalo conservador: ele sempre aposta no favorito, porque provavelmente vai ganhar. Luto pelo futuro que julgo necessário, desejável e possível, mesmo que não seja o mais provável.

De repente, o que parecia difícil ou muito difícil, até improvável, acontece. Mas jamais aconteceria, socialmente, se milhões de brasileiros não tivessem lutado por isso. Sempre fui assim. Gosto de ser assim. Não mudarei aos 77 anos.

Exercito, nestas eleições, esta filosofia. Votarei em Simone Tebet no 1º turno; e espero, no 2º turno, elegê-la Presidente.

Julgo ser este o futuro necessário para o Brasil. Por que eu votaria no pior candidato, Bolsonaro, que atenta contra a democracia e prega o uso de armas e a violência? Por que eu votaria no 2º pior candidato, Lula, por medo do golpe que Bolsonaro quer dar mas que não tem força para dar?

domingo, 24 de julho de 2022

Por que um candidato da 3ª Via poderá ser eleito Presidente?

Quanto mais Bolsonaro ameaça dar um golpe (à la Trump), caso perca a eleição, mais perde apoio dos seus eleitores democratas. E o eleitor, em sua sabedoria, já identifica nestas ameaças o discurso de quem já se sabe derrotado pelo voto democrático.

Caminha para o fundo do poço, onde encontrará apenas os seus eleitores radicais e ideológicos de extrema direita, que cultuam as ditaduras, as armas e a violência; sobretudo, que não são suficientes para levá-lo ao 2º turno.


Por outro lado, já não lhe são suficientes as benesses da PEC eleitoral nem aquelas, indiretas e fisiológicas, advindas do Orçamento Secreto para reverter o aumento de sua rejeição e inevitável queda.

E quanto mais alega fraude nas urnas eletrônicas mais o mundo e as instituições democráticas brasileiras lhe dizem, com total clareza, que repudiam as suas intenções golpistas. E, por mais que tente aprontar alguma confusão, antes ou depois das eleições, o seu intento será derrotado pela resistência democrática nacional e internacional.

Até ontem, alguns, preocupados com essa ameaça de golpe e, para exorcizá-lo, defendiam concentrar o voto em Lula desde o 1º turno. Milhões, embora sem serem lulopetistas, já se propunham a votar em Lula, o mal menor, para evitar o golpe que Bolsonaro quer dar mas que não tem força nem apoio para dar.

Existe, entretanto, um novo quadro, particularmente após a reunião de Bolsonaro com os embaixadores estrangeiros, quando destilou inverdades, sem provas e já respondidas, contra o Sistema Eletrônico de Apuração e Contagem de votos.

Isto chocou a comunidade internacional. O que se verificou após foi a reação generalizada das instituições democráticas em repúdio às nítidas intenções golpistas do Presidente.

E o eleitor começou a mudar o seu posicionamento; em síntese essas são as novas tendências:

1. Ex eleitores democratas de Bolsonaro afastam-se dele e buscam uma candidatura ao centro;

2. E, quanto mais Bolsonaro perde votos, maior é o contingente de democratas dispostos a tirá-lo do 2º turno;

3. E, quanto maior a probabilidade de Bolsonaro não ir ao 2º turno, maior é a chance de que os que votariam em Lula com o dedo no nariz, para afastar o mal maior, decidam votar em um candidato da 3ª via;

4. Confirmada essa tendência, Lula começará a cair os seus índices nas pesquisas eleitorais.


Este delineamento lógico e simples inaugura um novo quadro no qual, simultaneamente à queda provável dos índices de Bolsonaro e de Lula, crescerão os índices das candidaturas da 3ª Via.

Em uma eleição que já parecia estar definida para a vitória de Lula, de repente, mostra-se com outras possibilidades, pois, se um candidato da 3ª Via chegar ao 2º turno, mais provavelmente Simone Tebet, ele poderá ser eleito Presidente da república.

Caminho difícil e árduo, não é? Mas vale a pena apostar, pois nele está a chance de promover uma alternância democrática do poder sem os dois piores candidatos.

quarta-feira, 20 de julho de 2022

A equação certa para os democratas

Nós, os seres humanos, somos construtores de futuros. Aliás, é isso o que nos diferencia.

É verdade que não conseguimos construir qualquer futuro que nos dê na telha! Mas existem alguns que são possíveis e desejáveis.

Um deles, pode ser descrito como abaixo:


Este, o explicitado na equação, diga-se, não é futuro que até agora se esteja dizendo ser o mais provável.

Mas ele tem um mérito: corresponde a uma solução melhor para o Brasil. Portanto, é uma boa causa e um chamamento à luta!

Até agora está vencendo a tese do medo, de que devemos nos contentar com o mal menor, o Lula, para nos livrar do Bozo.

Mas esse raciocínio “amedrontado” adota a premissa da inevitabilidade do Bozo no 2º turno. Esta ideia somente serve ao Bozo e, principalmente, a Lula. E reforça a adesão até da maioria dos democratas, que não são lulopetistas, a votarem nele desde o 1º turno.

Mas tudo muda se começarmos a trabalhar com a possibilidade de tirar o Bozo do 2º turno. Neste caso, a lógica muda: passa a ter como objetivo derrotar os piores candidatos a Presidente. Para não deixar dúvidas: a Bozo no 1º turno e a Lula no 2º turno.

Alguns democratas se referem a Lula como o mal menor, um conceito ético-religioso. Mas, se esse é o argumento, suponho que, melhor ainda, é nos livrarmos de todo o mal.


Estou nesta campanha. Isto mudará tudo. E para melhor! Teremos a possibilidade de derrotar a polarização que aprisiona o Brasil em valores do passado!

quinta-feira, 14 de julho de 2022

O jogo sujo das alianças eleitorais que empurra o Brasil para o abismo!

A elite corrompida já escolheu seus candidatos a Presidente: Lula ou Bolsonaro.

O seu critério de decisão para apoiar um ou outro candidato não é o bem do povo ou um projeto para o país, mas a sua proximidade momentânea com um ou outro, e os negócios prévios que fazem antes da eleição em seu próprio benefício em troca desse apoio.


Não existe lealdade; como decidem como em um jogo de azar, estão sempre atentos para não depositarem suas fichas no candidato errado!

Por isso, como bons jogadores, inventaram o jogo sem riscos: recebem antes, independente do resultado das urnas, pois já se locupletaram com as verbas públicas escoadas via o orçamento secreto, e os fundos partidário e eleitoral. 

Se já não fosse pouco, ainda inventaram a PEC - Kamikaze, rompendo com toda a legalidade, para dar chance à reeleição do Bozo. Uma verdadeira “bomba institucional” que traz graves riscos à democracia. Mas os parlamentares da campanha de Lula, espertos, já a naturalizaram, votaram a favor! Ela não é mais só do Bozo, é de todos! Viva! Salve a rapaziada! 

E, com uma imensa desfaçatez, a PEC valerá até o dia 31/12/22, apenas para o curto período eleitoral! Depois, o que restará será a bagunça orçamentária, a inflação, o desemprego e o desespero da população mais pobre, que, expulsa de suas casas, engrossa rapidamente o contigente dos moradores de rua para viverem de esmolas como última estratégia de sobrevivência!

Teremos tempo de, enquanto nação, escolhermos outros rumos? Existiria um bloco político, orientado por um projeto de nação, capaz de romper com as práticas populistas e irresponsáveis de Lula e do Bozo? O tempo se escoa e as chances para a democracia diminuem!

Se as pesquisas estiverem certas, os eleitores, iludidos, preferem os piores candidatos, uma armadilha histórica na qual estamos andando para trás e regredindo em termos civilizatórios.

Será que teremos sabedoria para interromper essa queda livre no abismo que parece não ter fundo?

sexta-feira, 8 de julho de 2022

O mais trágico erro do STF

O STF, em minha opinião, cometeu grave erro ao anular as condenações de Lula.

Mas, hoje, com este anti-post, abro espaço a opiniões divergentes da minha. Julgo que o exercício da liberdade do contraditório seja uma das principais qualidades da democracia. 


Abaixo, registro algumas das diferentes reações negativas à minha opinião:
  1. É verdade, o STF errou, mas, em defesa da democracia, não é conveniente dizê-lo;
  2. É verdade, o STF errou, mas isto é fato consumado, nada mais se pode fazer quanto a isso;
  3. É verdade, o STF errou, mas não se pode ficar dizendo isso, pois dá força para o Bozo;
  4. O STF errou, mas Lula é um estadista;
  5. O STF errou, mas Lula é do tipo que rouba mas faz;
  6. O STF errou, mas Lula é o mal menor para afastar o fascista;
  7. O STF não errou, pois Lula foi injustamente condenado porque foi perseguido por Moro e pela Lava-Jato;
  8. O STF não errou pois Lula não poderia ter sido julgado no Foro de Curitiba;
  9. O STF não errou pois os processos que condenaram Lula foram eivados de ilegalidades;
  10. O STF errou, mas não só nisso, devemos fechá-lo (esta é a versão dos que estão dispostos a apoiar o Bozo para dar o golpe de Estado que ele quer dar).
Todas essas opiniões, humildemente, estão erradas, quer porque preferem jogar para debaixo do tapete este grave erro do STF, quer porque não atribuem um caráter democrático ao combate à corrupção, quer porque acreditem, iludidos, na inocência de Lula, ou porque, finalmente, não atribuem qualquer valor à democracia ou apreço pelo Estado Democrático de Direito.


quarta-feira, 6 de julho de 2022

A defesa da democracia exige coragem para corrigir erros

Não podemos jogar para debaixo do tapete discussões desconfortáveis quando o que está em jogo é a democracia e o interesse coletivo.

Em defesa da democracia e do Estado Democrático de Direito, é preciso que se diga, com todas as letras e enquanto é tempo, que o STF cometeu um grave erro ao anular as condenações de Lula. E erros devem ser corrigidos!


Um candidato a Presidente, que seja uma alternativa democrática para o país, deve preencher dois valores objetivos fundamentais:
  1. Ser ficha limpa, pois a corrupção atenta contra a democracia;
  2. Repudiar todo tipo de ditadura e somente querer viver em um Estado Democrático de Direito.
E, nem Lula nem Bolsonaro preenchem esses dois critérios!

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Este texto, muito singelo, mas que trata de uma questão política delicada, despertou diferentes reações. Nos meus círculos de amigos e nos grupos em que o postei, a maioria das reações foram positivas. Mas muitas foram negativas.

As diferentes reações negativas a este post:
  1. É verdade, o STF errou, mas, em defesa da democracia, não é conveniente dizê-lo;
  2. É verdade, o STF errou, mas isto é fato consumado, nada mais se pode fazer quanto a isso;
  3. É verdade, o STF errou, mas não se pode ficar dizendo isso, pois dá força para o Bozo;
  4. O STF errou, mas Lula é um estadista;
  5. O STF errou, mas Lula é do tipo que rouba mas faz;
  6. O STF errou, mas Lula é o mal menor para afastar o fascista;
  7. O STF não errou, pois Lula foi injustamente condenado porque foi perseguido por Moro e pela Lava-Jato;
  8. O STF não errou pois Lula não poderia ter sido julgado no Foro de Curitiba;
  9. O STF não errou pois os processos que condenaram Lula foram eivados de ilegalidades;
  10. O STF errou, mas não só nisso, devemos fechá-lo (esta é a versão dos que estão dispostos a apoiar o Bozo para dar o golpe de Estado que ele quer dar).
Todas, em minha humilde opinião, estão erradas, quer porque preferem jogar para debaixo do tapete este grave erro do STF, quer porque não atribuem um caráter democrático ao combate à corrupção, ou porque acreditem, iludidos, na inocência de Lula, ou porque, finalmente, não atribuem qualquer valor à democracia ou apreço pelo Estado Democrático de Direito.

segunda-feira, 4 de julho de 2022

Critérios objetivos para escolher um candidato a Presidente

Com todo o respeito aos que buscam critérios para decidir em quem votarão para Presidente, não acredito nesta formulação da “luta do bem contra o mal”. 

Esta é uma formulação religiosa que não resiste ao teste da realidade.

Quem é o bem? Bolsonaro, Lula? Quem é o mal? Vocês hão de convir que isto é muito subjetivo.

Prefiro votar em quem seja ficha limpa e que tenha um radical compromisso com a democracia. Acho que Bolsonaro ou Lula não passam neste duplo teste objetivo. Claro, se você somar outros critérios mais subjetivos, como o moral e o ético, aí é que eles não passam mesmo!

Por outro lado, não voto como em aposta de corrida de cavalos. Não estou tentando acertar na “pule de dez”!

Eis, abaixo, uma foto inspiradora!

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Por que Lula e Bolsonaro querem que milhões de democratas votem “com o dedo no nariz”?

Caros amigos, permitam-me um texto mais pessoal.

Não acredito que esta polarização nefasta e artificial entre o lulopetismo e o bolsonarismo possa trazer algo de bom para o Brasil.
  • Uns dizem que irão votar em Lula “com o dedo no nariz” para impedir que Bolsonaro dê o golpe que quer dar mas que não tem força nem apoio para dar. O que existe de comprovado contra Bolsonaro é o seu baixo padrão ético e moral, a sua incompetência e incompatibilidade com o cargo, e o fato comprovado de que tem o sonho dourado de governar como ditador;
  • Outros propõem votar em Bolsonaro “com o dedo no nariz” para afastar a esquerda e os “comunistas”, embora Lula jamais tenha sido comunista. O que existe de comprovado contra Lula é o seu baixo padrão ético e moral e o fato de que foi condenado por corrupção, e jamais inocentado, em três instâncias.
Espectros fantasmagóricos habitam as noites de muitos democratas! Por isso cogitam, mesmo “com o dedo no nariz”, votar contra suas próprias consciências!

Eu me recuso a votar com o “dedo no nariz”. Irei votar em gente decente.

Irei votar em um candidato da 3ª Via. Neste momento me entusiasma a candidatura de Simone Tebet. E existem outras alternativas!