quarta-feira, 21 de setembro de 2022

A guerra dos fantasmas


Tratando-se das eleições presidenciais, por que não votarei nem 13 nem 22 no  turno? As minhas razões são simples:
  1. Em nome da democracia. Ambos atentam contra ela; e pior, nos chamam para uma luta fratricida contra fantasmas. Um nos chama para o combate ao fascismo; o outro, para o combate ao comunismo. Na teoria e na pratica não saíram como que da primeira metade do século passado.
  2. Em nome da decência, pois não voto em bandido. Em nome de suas “causas políticas sagradas” querem que joguemos para debaixo do tapete os crimes que já praticaram ou estão praticando; com isso, querem que, com o nosso voto, lhes permitamos continuar praticando o assalto ao Estado nas modalidades de que são especialistas.
Se você não concorda, lamento; mas jamais me proporia a convencê-lo individualmente, pois não seria respeitoso; sempre tive a esperança de que, politicamente, a sociedade brasileira já tivesse convergido em compreensão, e aprendido, pelas tragédias acontecidas no duro caminho que temos trilhado, a combater os fatores que bloqueiam o desenvolvimento de nossa democracia. 

Tudo está montado para a continuidade dessa trajetória histórica perversa, que vitima, em primeiro lugar, os mais fracos socialmente, particularmente aos pobres, negros e mulheres. Se um desses candidatos vencer, pois este é o grave risco para o qual estão apontando as pesquisas eleitorais, continuaremos aprisionados ao passado.

Se ainda faltasse dizer algo seria que não votarei nem no 13 nem no 22 no 1º turno porque tenho memória e não me deixo enganar. E porque minha trajetória, mesmo aos 77, não me permite deixar de continuar sendo, até o último momento, um esperançoso de luta.

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