segunda-feira, 30 de novembro de 2020

A força política do antibolsonarismo e do antilulopetismo

Podem dar todas as explicações que quiserem. 

Mas vão ter que fazer todo tipo de malabarismo para negar que o antibolsonarismo foi a maior força política surgida nas eleições municipais.

A eleição de Bruno Covas, 59% dos votos, contra Guilherme Boulos, 40% dos votos, uma diferença de 19%, marcou um caminho generoso de compromisso com a democracia e de rejeição aos extremos políticos. O Brasil ganhou!

Há que diferenciar duas coisas: o medo a Dória, que fez até alguns “bolsonaristas de raiz” despejarem de última hora votos em Boulos (sem o que este não teria chegado aos 40%); e o mérito da campanha de Bruno Covas, que conseguiu com propostas políticas claras e compostura receber os votos dos democratas e da maior força política (um verdadeiro sentimento nacional) surgida nestas eleições, que foi o “antibolsonarismo”.


Algo a ser melhor entendido e estudado: a força política do “anti” na sociedade. O antibolsonarismo e o antilulopetismo tornaram-se forças de renovação da política brasileira.

Mas enganam-se os que tomarem esses posicionamentos apenas como “sentimentos”. Eles têm conteúdo político concreto, pois correspondem a críticas sobre concepções ideológicas e comportamentos que a sociedade brasileira compreendeu precisar rejeitar para construir um Brasil mais moderno, e mais democrático e justo.

O antibolsonarismo, a maior força política que emergiu das eleições municipais, e o antilulopetismo, que já emergira em 2018, demarcarão as alianças que elegerão, em 2022, o próximo presidente da república.

Alguns pensam que poderão vencer apenas com o “antibolsonarismo”; outros, apenas com o “antilulopetismo”.

Mas vencerá a aliança política que incorporar, criticamente, em seus projetos programáticos, simultaneamente, o antibolsonarismo e o antilulopetismo.

À medida em que estas visões “anti” sejam manifestações políticas positivas, que neguem o nefasto “nós contra eles” das posturas intolerantes a que se contrapõem, elas estarão a serviço da construção de um programa democrático e progressista para superar os anos perdidos,

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