quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Uma nova oportunidade para o Brasil: a disputa política entre os democratas-radicais e os democratas-conservadores

Aqui está todo o ministério de Lula. Torço pelo seu sucesso, pois torço pelo Brasil.

Abaixo, em ilustração de Walmyr Buzatto, o ministério completo, com o nome de cada um dos ministros:


A vitória incontestável da chapa Lula-Alckmin nas eleições presidenciais, embora por pequena diferença de votos, demonstrou exaustiva e completamente a importância para a democracia da existência de um sistema de votação e apuração de votos confiável e não sujeito a fraudes. O nosso, o eletrônico, passou pelos testes mais exigentes, inclusive por parte dos que pretendiam contestá-lo de boa ou de má fé; caso contrário, o país teria mergulhado em grave crise institucional.

Foi a vitória da radicalidade democrática, a de um campo político democrata-radical, que em distinção mais tradicional temos denominado de centro-esquerda.

Mas os democratas brasileiros não se distinguem apenas como os acima. Saberemos, todos os democratas brasileiros, nos olharmos e nos reconhecermos além das polarizações ideológicas que nos cegam e dividem? E que trazem o risco de nos confrontarmos de forma fratricida para combater os espectros e fantasmas ameaçadores do fascismo e do comunismo?

Não, não queremos viver em um mundo paralelo e imaginário habitado por fanáticos e por suas narrativas fake delirantes! Enquanto sociedade, só teremos uma saída boa para todos se preferirmos mais viver no mundo real das incertezas desafiadoras, que dão sabor à vida, do que no mundo irreal das certezas simplificadoras e enganosas, e que são o ovo da serpente da violência e da irracionalidade!

Existe um outro vasto contingente de democratas, de um campo político democrata-conservador, que em distinção mais tradicional temos denominado de centro-direita.

Este último campo elegeu a maioria dos senadores e deputados federais; por isso, de uma certa forma, também foi vitorioso.

Uma estranha eleição: os democratas-radicais e os democratas-conservadores foram, ambos, de uma certa forma vitoriosos e de uma certa forma derrotados. Não cabe tapar o sol com a peneira.

Tudo o que se pode dizer é que as eleições de 2022 foram uma vitória da democracia, com os seus vitoriosos e os seus derrotados!

Cabe, agora, passadas as emoções das eleições, usarmos todos os instrumentos do conhecimento, da racionalidade e da ciência para caracterizar, definir e descrever quem são esses democratas, radicais ou conservadores.

Confesso estar otimista de que nos reconheçamos, a grande maioria dos brasileiros, como democratas! Se conseguirmos fazer, em nossas mentes, essa operação, conseguiremos liberar uma energia cívica imensa para derrotar as forças do atraso que bloqueiam o progresso e o desenvolvimento de nossa democracia!

A derrota de Bolsonaro foi a derrota da extrema-direita, que, assim como a extrema-esquerda, não tem compromissos com a democracia. Simplesmente, defendem ditaduras e não têm apreço pelo Estado Democrático de direito. 

Bolsonaro está fora e à direita do campo dos democratas-conservadores, que são democratas! Cabe a Lula, também, segurar os seus extremistas!

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