quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

O abuso do Renan

O senador Renan não conseguiu votar a "sua" lei de abuso de autoridade na noite do dia 14/12/16. Ela foi retirada de pauta, voltará à Comissão de Constituição e Justiça e somente será votada em 2017.


Foi uma derrota pessoal, mostrando o ocaso do seu poder e uma inflexão na direção da crise. O projeto foi retirado de pauta pela resistência em plenário de alguns de seus pares que colaram-se ao sentimento, pressão, vigilância e opinião da cidadania, que expressou-se sobretudo nas redes sociais.

Não podemos deixar que se confundam o legítimo anseio de combater o abuso de autoridade com os interesses escusos que essa iniciativa representava neste momento.

Sob a liderança de Renan, que quis votar esse projeto nos extertores do seu poder como presidente do Senado, ele expressa a reação da "santa aliança" dos que temem e combatem a Lava-Jato! Os principais interessados nisso são o PT e o PMDB, junto com outros partidos e políticos coadjuvantes neste intento.

O que querem é paralisa-la o quanto possam, confundindo a óbvia revolta e indignação dos cidadãos diante do abuso de autoridade, venha ele de um político, de um policial, de um juiz, de um procurador, ou mesmo de um professor!

Mas, esse projeto não quer punir um juiz corrupto que venda sentenças para livrar um bandido, um policial que saca a sua arma e atira em um inocente, ou um procurador que desconhece provas comprometedoras contra um criminoso! Ao contrário, trata-se de paralisar esses jovens e íntegros policiais federais, procuradores e juízes, simbolizados pela Lava-Jato, que atuam contra os políticos corruptos para dar um fim à impunidade dos crimes de colarinho branco!

No contexto em que esse projeto foi retirado da pauta, podemos saldar como uma vitória da democracia, pois ele somente voltará à votação no tempo certo e sem a tutela do Renan!

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