domingo, 7 de agosto de 2016

Dilma, e quando as narrativas se esvaem no ar

Até hoje tenho ouvido de muita gente a repetição de um mantra: "Dilma é honesta". E dizem: "Ela não tem conta na Suíça, não enriqueceu". E vemos o PT, o FHC e até muitos que são a favor do impeachment, repetirem esse mantra sobre ela.


Entretanto, e não é para implicar com ninguém, se é para ficar prisioneiro de uma narrativa prefiro a indicada pela mais elementar lógica: Dilma sabia de tudo, pelos postos que ocupou no governo Lula; e foi escolhida por ele para sucedê-lo por duas razões básicas: (1) ela, depois da inviabilização do José Dirceu, era a pessoa em quem ele mais confiava; (2) julgou que, com ela, seria para ele mais fácil voltar em 2014.

Alguma coisa não deu certo, não é? A narrativa do golpe se dissolveu no ar; paradoxalmente, as Olimpíadas estão mostrando isso para todo o mundo. A Lava-Jato se afirma como um instrumento da democracia e do surgimento de um Brasil mais organizado, que não pode mais ser adiado, onde não haja espaço para a impunidade dos crimes de colarinho branco.

E Lula, e Dilma, estão cada vez mais próximos de serem julgados e condenados por corrupção(*), e de amargarem alguns anos na cadeia, como já aconteceu e acontece com o próprio José Dirceu!

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(*) Este post não tem a intenção de ferir ninguém. Mas, tem total coerência com minha postura perante a vida: não pretendo enganar-me, nem ser enganado; alimento, também, a esperança de que a minha opinião franca - respeitosa exatamente por isso - possa ser útil para quem honestamente ainda esteja enganando-se, ou sendo enganado.

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