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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Sobre convicções, narrativas, fatos e sordidez

Como, do ponto de vista da opinião pública, se formam as convicções majoritárias?

Como uma guerra de narrativas ou de versões. As narrativas podem ser fake ou baseadas em fatos.

Mas existe um único critério de verdade válido: o que é baseado em fatos.


Claro, em nossa vida pessoal podemos viver de ilusões, sobre o amor, negar a ciência com teses fantásticas, ou viver de fantasmagorias. Mas as ilusões são mentiras que cultivamos e contamos para nós mesmos. Um dia, em confronto com a realidade e com os fatos elas podem cair sobre a nossa cabeça.

As narrativas políticas, se fakes, entretanto, podem causar grande prejuízo a um país inteiro. Precisamos combatê-las, pois estão atreladas a interesses particularistas e não servem aos interesses da sociedade.

Portanto, nesta questão de Moro, e de sua credibilidade, eu o defendo. Atrás de suas decisões e sentenças existem os fatos e as provas colhidas em milhares de horas de trabalho por policiais e procuradores federais; e as sentenças de Moro, na primeira instância, foram ratificadas em outras duas instâncias; exatamente porque respeitaram o princípio do devido processo legal.

Assumir outra posição seria aceitar que denúncias obtidas de forma ilegal, e não aceitáveis em nenhum tribunal, sejam usadas “informalmente”, como o foram, para determinar a suspeição do Moro. Quem foi o seu algoz? Exatamente Gilmar Mendes, o notório juiz do STF que gasta as suas noites e madrugadas em sórdidos conchavos imorais e antiéticos.

Defender Moro, portanto, constitui fazer a narrativa dos fatos e da verdade prevalecer sobre a versão fake que só serve à conveniência política de criminosos.

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