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sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Não podemos permitir que pesquisas fraudadas condicionem a opinião do eleitor

Gostaria de fazer breves considerações sobre as pesquisas eleitorais que estão sendo apresentadas.

Pesquisas são medidas estatísticas feitas com amostras sobre uma população. Em se tratando de pesquisas de opinião política ou de intenções eleitorais, essa população consiste na totalidade dos brasileiros, naturalmente excluídos os que não têm o direito de votar. O seu objetivo é conhecer a população, ou melhor, o que “pensa” a população.


Cada instituto usa a sua própria metodologia, os seus próprios questionários, a sua própria equipe de coleta de dados e os seus próprios estatísticos e analistas.

Portanto, duas pesquisas idôneas realizadas em datas diferentes somente são inteiramente comparáveis se tiverem sido feitas pelo mesmo instituto usando a mesma metodologia. Neste caso, elas são extremamente úteis para indicar as tendências; ou seja, se um determinado índice, relativamente a um dado candidato, está apresentando tendência de crescimento ou de queda.

Institutos diferentes, não podem apresentar resultados muito semelhantes, particularmente quando feitas em datas diferentes, por vezes separadas por semanas a quase um ano da eleição. E isto só pode acontecer se houver combinação e fraude.


Pesquisas podem ser comparadas a fotografias. Se de institutos diferentes, tiradas com máquinas de marcas diferentes, com configurações diferentes, é impossível obter images semelhantes tiradas por observadores diferentes, mesmo que quase no mesmo instante; quanto mais se forem feitas em datas diferentes. Sobre um corpo social e político em movimento, é conhecida a frase atribuída ao político mineiro Magalhães Pinto de que “política é como nuvem; você olha e ela está de um jeito;  olha de novo, e ela já mudou”.

Se queremos viver em uma democracia devemos zelar para que o eleitor não tenha a sua opinião condicionada por pesquisas fraudadas.

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