quinta-feira, 7 de abril de 2016

Por que Dilma não renuncia?

Dilma simboliza a crise, e muitos dizem, até entre seus pares, que ela é a própria crise. Muitos argumentam que, para a felicidade de todos, tudo poderia ser resolvido com a sua renúncia! Mas, isso não é entendido assim pelo PT!


Mais provável é que o PT, contemplando os seus interesses, não a deixe renunciar! Já fizeram as contas: acham que perdem mais se Dilma sair por qualquer forma, seja impeachment, ou renúncia, ou cassação de seu mandato pelo TSE.

Vejamos os sinais disso: (1) o PT Mobilizou todos os seus recursos e capilaridade para levar o máximo de militantes às ruas no dia 18/03; (2) o PT convocou Lula para ser o "primeiro ministro" e reduzir Dilma à condição de "rainha da Inglaterra" (esse foi o único golpe dado até agora); (3) o PT ficou aprisionado pela lógica, transformada em estratégia, de tomar de assalto a máquina do estado para financiar o seu projeto político, exatamente como já se acostumara a fazer nos sindicatos; em consequência, não consegue mais viver sem controlar o orçamento "trilionário" do Brasil, ministérios, empresas públicas e cargos, pois sabe que, sem esse poder, não conseguirá sustentar as campanhas eleitorais deste ano e a de 2018. Todos os seus movimentos trazem essa informação evidente!

Foram exatamente as manifestações de massa, nas ruas, particularmente a última de 13/03/16, que criaram a perspectiva de mudança, e de interrupção desse desgoverno como condição para a própria superação da crise. E, em pleno respeito ao Estado Democrático de Direito, esse movimento deu à cidadania a compreensão da importância histórica de acabar com a impunidade dos crimes de colarinho branco, doa a quem doer, como uma questão central para aperfeiçoar a própria democracia brasileira.

Sem esse oxigênio democrático, vindo das ruas, Dilma, ajudada por Lula, já teria recomposto a base parlamentar fisiológica de apoio no Congresso voltada exclusivamente para a sua sobrevivência! Mas, os brasileiros querem mais! Anseiam por mudanças, que restituam à política a sua missão generosa, que é cuidar do bem comum!

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